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(Foto: Divulgação)

 

A pandemia de Covid-19 reduziu os lucros de sete em cada 10 produtores de hortifrútis do Brasil. É o que aponta pesquisa feita pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP) divulgada nesta segunda-feira (13/7).

Segundo o estudo, 68% dos produtores de frutas e hortaliças consultados afirmaram que a rentabilidade foi parcialmente ou totalmente prejudicada devido ao coronavírus. Além disso, 20% disseram não ter adotado planos de ação para atravessar a crise.

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O levantamento ainda apontou que 75% dos que vendem para mais de um destino tiveram a renda comprometida. Também mediu o efeito para os que comercializam só para atacado (75% tiveram redução) e supermercados (56%).

No geral, segundo a equipe da revista da Hortifruti Brasil do Cepea, parte do setor só não teve prejuízo mais intenso no primeiro semestre porque a oferta da maioria dos produtos foi controlada de março a maio.

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No caso das hortaliças, a safra de verão teve a produtividade reduzida e o volume ofertado esteve menor, especialmente para produtos como batata, cebola, cenoura e tomate. Quanto às frutas, o clima prejudicou a produção, mas as exportações tiveram bom desempenho, limitando a disponibilidade doméstica e reduzindo a pressão sobre os preços.

A pesquisa ainda mapeou a variação de preço de hortifrútis entre maio e junho. Caíram cenoura (-40%) tomate (-33%), batata (-21%), manga (-15%), melão (-10%), banana (-8%) e cebola (-3%). Na contramão, ficaram mais caros mamão (+97%), citros (+38,5%), uva (+30%), maçã (+19%) e alface (+11,85%).

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"Novo normal" só em 2022

 

 

A partir de junho, com a retomada gradual das atividades econômicas, o consumo de frutas e hortaliças reagiu, apontou o Cepea. Apesar disso, a presença do vírus em todo o país faz com que a projeção para os próximos meses seja de problemas como desemprego, queda no poder de compra da população e mudanças de hábito do consumidor.

Diante desse cenário, os pesquisadores indicam que, se as perspectivas de muitas consultorias se concretizarem, o setor de hortifrúti só terá uma retomada no desempenho econômico em 2022. Até lá, as principais estratégias citadas pelos entrevistados é maior eficiência, aumento na produtividade e redução na área plantada.
Source: Rural

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