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Projeções do USDA reforçam a posição do Brasil como maior produtor mundial de soja (Foto: Nájia Furlan/Portos do Paraná)

 

O governo dos Estados Unidos manteve a estimativa feita em junho de 131 milhões de toneladas para a produção brasileira de soja na safra 2020/2021. O resultado reflete um aumento de 5 milhões de toneladas sobre a temporada anterior e consolida o país como o maior produtor da oleaginosa do mundo. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (10/7) no Relatório Mensal de Oferta e Demanda (WASDE, na sigla em inglês), do Departamento de Agricultura do país (USDA).

Segundo maior produtor mundial, os Estados Unidos devem aumentar em cerca de 16 milhões de toneladas a sua produção do grão, para 112,5 milhões de toneladas, enquanto Argentina e Paraguai devem ter produção de 53,5 milhões e 10,25 milhões de toneladas, respectivamente.

A previsão para as exportações de soja é de 161,5 milhões de toneladas, praticamente a mesma do mês anterior, enquanto os estoques finais devem sofrer retração de 4,6 milhões de toneladas, para o total de 95 milhões.

Trigo

Na estimativa do USDA, a produção mundial de trigo deve aumentar em 8,6 milhões de toneladas, para 773,4 milhões. Embora o Brasil não esteja entre os maiores produtores, isso é importante porque a maior disponibilidade ajuda a controlar os preços no mercado interno. O Brasil é amplamente dependente das importações, do cereal com compras externas em cerca de 7 milhões de toneladas por ano.

O aumento na produção final é liderado pela Rússia, que deve produzir 3,4 milhões de toneladas a mais em 2020/2021, para 77 milhões, seguido pelo Canadá, com crescimento estimado em 1,7 milhão, para 34 milhões de toneladas.

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Maior fornecedor do Brasil por conta da isenção de tributo entre países do Mercosul, a Argentina teve a estimativa de produção mantidaem 21 milhões de toneladas, 1,3 milhão a mais do que na safra 2019/2020.

No geral, os estoques finais de trigo devem crescer em 17,7 milhões, para o total de 314,8 milhões de toneladas. A projeção para as exportações é similar ao último ano, com 188 milhões de toneladas.

Milho

No caso do milho, houve um reajuste na previsão da produção mundial feita pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos em julho. O mundo deverá produzir 1,163 bilhão de toneladas em 2020/2021, 25 milhões de toneladas a menos do que o estimado no último mês. A perspectiva, no entanto, ainda é 49,7 milhões de toneladas superior à safra 2019/2020.

Esse reajuste mensal se explica pela perspectiva de queda de 25,2 milhões de toneladas na produção dos Estados Unidos, maior mundial do cereal, para 381 milhões – em junho, o USDA previa 406,2 milhões de toneladas do grão para a produção do país norte-americano.

Segundo maior produtor, o Brasil deve expandir a sua produção em 6 milhões de toneladas, para 107 milhões nesta safra. A Argentina deve produzir outras 50 milhões de toneladas, enquanto a Ucrânia deve ter 39 milhões de toneladas, 3,2 milhões a mais do que no último ano.

Para os embarques externos, a estimativa é de crescimento em 11,4 milhões de toneladas sobre o último ano, para 182,5 milhões de toneladas. Estados Unidos e Brasil deverão aumentar as exportações em 9,4 milhões e 4 milhões de toneladas para, respectivamente, 54,6 milhões e 38 milhões de toneladas.

Com a menor projeção prevista para a produção americana, o USDA reduziu em 22,7 milhões de toneladas a estimativa para os estoques finais, para 315 milhões de toneladas. O montante ainda é superior ao ano passado, que teve 311,9 milhões de toneladas.
Source: Rural

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