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(Foto: Embrapa)

 

O arroz e o feijão registraram alta variação de preços antes e depois do começo da pandemia de Covid-19. Foi o que apontou levantamento feito entre 10 de fevereiro e 4 de maio pela InfoPrice, empresa de inteligência de negócios focada em pricing do varejo.

A região Sul foi onde o arroz teve a maior alta no período analisado, chegando a 8,52%. Em segundo lugar, está a região Nordeste, com 7,04%. No Sudeste, a variação foi de 4,55% e, no Centro-Oeste, de 0,56%.

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Para o feijão, a maior volatilidade observada foi no Sudeste, representando 18,61%, com variação similar no Nordeste (18,42%). Sul e Centro-Oeste também registraram avanço, de 9,90% e 8,90%, respectivamente.

Apenas no Norte, tanto arroz quanto feijão tiveram retração, de 3,07% e 11,79%, respectivamente. A análise considerou 469 lojas físicas, em 1.331 municípios localizados em todos os Estados brasileiros, cruzando dados de varejistas e também da Secretaria da Fazenda.

“Geramos datapoints, que incluem informações do produto, do preço e da loja em que ele se encontra. Temos dados de toda a cadeia de varejo alimentar, desde grandes redes como o Grupo Pão de Açúcar, assim como as mais bairristas. Isso possibilita uma boa penetração para entender o comportamento dos preços”, diz Rodrigo Diana, cientista de dados da InfoPrice.

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Fatores da alta

 

Rodrigo conta que a InfoPrice foca no comportamento de preços, e não necessariamente em entender os fatores que levaram à alta. Ainda assim, por acompanhar a rotina dos varejistas, ele credita a variação de preços à redução na área plantada do arroz e ao clima. 

“No caso do arroz, já havia uma sinalização de subida no preço por causa da diminuição da área plantada, além de motivos como estiagem no Paraná, geada em Santa Catarina e a questão das chuvas excessivas em Minas Gerais, prejudicando tanto arroz e feijão”, pontua.

Além disso, o fato de o brasileiro ficar mais em casa com a quarentena e precisar aumentar a compra dos alimentos, em especial após um período de estocagem excessiva no início da pandemia, também pressionou os preços para cima.
Source: Rural

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