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 (Foto: Acervo/Ed. Globo)

 

 

As estatísticas do sistema AgroStat, do Ministério da Agricultura, com base em informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), mostram que, mesmo com a disparada do dólar neste ano, as importações brasileiras de trigo de janeiro a maio atingiram 3,048 milhões de toneladas e cresceram 4,7% em relação aos cinco primeiros meses do ano passado. O volume foi o maior para o período desde 2013 (3,084 milhões de toneladas) e o quinto maior da série histórica iniciada em 1987.

No entanto, os desembolsos dos moinhos com a importação de trigo neste ano recuou 5,7% em relação aos cinco primeiros meses de 2019, para US$ 638,3 milhões, graças à queda de 9,9% no preço médio, que ficou em US$ 209,41 por tonelada, ante os US$ 232,43 do mesmo período do ano passado.

A Argentina respondeu por 88% das importações brasileiras de trigo, com vendas das 2,784 milhões de toneladas de janeiro a maio deste ano, volume 8,3% superior ao registrado nos cinco primeiros meses do ano passado. A receita dos exportadores argentinos com embarques feitos para o Brasil somaram US$ 580,7 milhões, valor 3,4% abaixo do mesmo período de 2019. O preço médio caiu 10,7% para US$ 208,56 por toneladas.

As exportações de trigo dos Estados Unidos para o mercado brasileiro no período analisado cresceu 55% para 111,6 mil toneladas, com receita de US$ 25,4 milhões. O trigo norte-americano ficou 2,2% mais barato em dólar, caindo para US$ 227,98 por tonelada. O Brasil ainda importou 85,8 mil toneladas do cereal do Paraguai (menos 49%) e 62,7 mil toneladas do Uruguai (menos 15,8%).

Segundo projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as importações brasileiras de trigo no ano safra do cereal, que começou em agosto do ano passado e termina em julho deste ano, devem atingir o recorde de 7,2 milhões de toneladas, volume que será superado na próxima temporada, quando deve atingir 7,3 milhões de toneladas.

O Brasil fecha esta safra com um dos menores estoques de passagem da história, estimado em apenas 250,6 mil toneladas. Com a estimativa de crescimento de 10% na produção na safra que está na reta final de plantio no Sul do país, para 5,690 milhões de toneladas, somada às importações, a Conab prevê uma recuperação nos estoques finais no próximo ano para 414,3 mil toneladas, volume bem abaixo da média de 1,8 milhão de toneladas registrada na década passada. A previsão é que o consumo se mantenha praticamente estável, em 12,5 milhões de toneladas.
Source: Rural

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