Skip to main content

 

 

 

 

Diante do aumento do número de casos de Covid-19 em frigoríficos, a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria de Alimentação e Afins (CNTA) e a Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação da CUT (CONTAC) enviaram ofício aos ministérios da Agricultura, da Economia e da Saúde solicitando a criação de comitês de crise formado por representantes dos governos, empresários, trabalhadores e Ministério Público do Trabalho para apontar soluções para a crise gerada pelo novo coronavírus no setor. O pedido foi enviado semana passada e inclui uma série de medidas propostas para o protocolo único que está sendo preparado para o setor.

“Estes comitês terão o objetivo de, uma vez de posse destas informações, apresentar sugestões a fim de manter as atividades essenciais com segurança aos trabalhadores. Também será criado um banco de dados específico para obter informações das entidades sindicais profissionais, e dos trabalhadores, sobre os procedimentos dos trabalhadores e empresas diante o combate ao Covid-19”, explica o documento enviado ao governo federal. Além da criação de comitês, as entidades sindicais solicitam pagamento de adicional de risco retroativo a data em que a pandemia foi declarada pela Organização Mundial da Saúde, garantia de estabilidade de 12 meses para os trabalhadores contaminados e redução de 50% no número de trabalhadores por turno com redução de jornada de trabalho.

“Nós apresentamos propostas bem claras nesse sentido porque, se fizerem um protocolo para os frigoríficos para flexibilizar ainda mais as medias de controle, isso é muito preocupante”, avalia o presidente da CNTA, Artur Bueno de Camargo. Ele critica a posição da indústria, que desde o início da pandemia já contratou 15 mil novos trabalhadores para cobrir os funcionários que precisaram ser afastados por compor o grupo de risco. “As empresas estão com uma produtividade superior ao que tinham em numa condição normal, isso é inadmissível, isso é colocar o trabalhador em risco muito elevado”, conclui Camargo.
Source: Rural

Leave a Reply