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(Foto: Sergio Rannalli/Ed. Globo)

 

Um estudo com agricultores de Brasil, Estados Unidos, Canadá e Alemanha mostrou que, mesmo com a preocupação com os efeitos do avanço do coronavírus, o setor produtivo desses países manteve a intenção de plantio definida antes da pandemia.

A pesquisa "Post-Covid-19 impact on Ag industry" foi realizada pela Boston Consulting Group entre a segunda quinzena de abril e a primeira quinzena de maio. A preocupação com preços das commodities e eventual comprometimento da oferta de mão de obra, no entanto, é unânime, em maior ou menor grau.

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Segundo o levantamento, a intenção de plantio para a safra 2020/21 nas três regiões consultadas, que começa a ser semeada em setembro no Brasil e está em andamento no Hemisfério Norte, não deve ficar distante do inicialmente planejado.

Dos brasileiros entrevistados, 63% dizem que não irão alterar os seus planos para a próxima safra, assim como 67% dos produtores norte-americanos e 73% dos alemães. Contudo, o investimento em equipamentos e insumos para a temporada pode ser menor.

Investimentos e confiança

Dos agricultores brasileiros consultados, 43% planejam comprar menos ou muito menos máquinas para o próximo ciclo, enquanto para fertilizantes a intenção de reduzir gastos abrange 33% dos entrevistados e para sementes, 14%.

O levantamento mostrou também que o setor produtivo está atento aos efeitos da doença no padrão de consumo, nas cadeias de suprimento e logística, preço das commodities e na mão-de-obra.

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O receio do agro brasileiro com os reflexos da pandemia da Covid-19, contudo, parece ser menor que os de seus concorrentes. Para 73% dos produtores, a maior parte da operação agrícola não será afetada pela pandemia, contra 67% e 47% para norte-americanos e alemães, respectivamente.

 

Câmbio preocupa

Entre os entrevistados brasileiros, destacou-se a preocupação com os reflexos das oscilações cambiais sobre as exportações. Para os produtores norte-americanos, o receio é a queda na demanda por etanol – feito principalmente à base de milho – e eles consideram que os preços atuais das commodities representam uma ameaça econômica.

Já entre os alemães a maior preocupação verificada é quanto ao fluxo de trabalho e de mão de obra para os trabalhos de campo em virtude das medidas de distanciamento social.
Source: Rural

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