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(Foto: Thinkstock)

 

O setor varejista brasileiro teve um faturamento de R$ 378,8 bilhões em 2019, registrando um crescimento de 6,4% em relação ao ano anterior. Em valores deflacionados, a alta foi de 2,5%. Com isso, a participação do setor no PIB do país representou 5,21%.

Os números fazem parte do levantamento da consultoria Nielsen, que divulgou análises sobre o crescimento e apontou as perspectivas diante do cenário de pandemia e de pós Covid-19 na 43ª edição do Ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

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Em 2019, o grupo francês Carrefour ficou em primeiro lugar em faturamento, seguido pelo Grupo Pão de Açúcar (GPA). Para este ano, porém, a expectativa de crescimento do setor, que era entre 2,2% a 2,5%, foi reduzida para 1%, em virtude das incertezas com o isolamento social imposto pela pandemia e pelo aumento do desemprego.

No acumulado de 2020, as vendas no varejo moderno cresceram 11,6%, com uma certa ajuda das compras dos consumidores pelo receio do isolamento. O setor prevê investimentos neste ano em torno de R$ 10,9 bilhões, sendo quase 40% voltados para adquirir equipamentos refrigerados e cerca de 27% para construir novas lojas.

O ano de 2019 foi muito significativo, pela melhoria no ambiente de negócios, com início de importantes mudanças estruturais voltadas ao incentivo à simplificação e desburocratização. Isso se refletiu no consumo e no desempenho do varejo alimentar

João Sanzovo, presidente da Abras

 

Consumo na quarentena

Segundo o gerente de serviços do varejo sênior, Daniel Asp Souza, o comportamento do consumo durante a pandemia é dividido em etapas e segue movimentos similares aos de outros países acompanhados pela Nielsen.

Até o consumidor tomar consciência para fazer a quarentena, houve uma preparação que refletiu nas vendas. As restrições e a mudança de comportamento impulsionam categorias. Dentre elas, destacam-se produtos de limpeza (13% das compras), alimentos para cozinhar (18,7%, por estarem fazendo mais refeições em casa) e bebidas alcóolicas (5% , com destaque para vinhos).

“A transição das medidas restritivas para preventivas depende da gravidade e extensão da pandemia. O consumidor vai ter de fazer novas escolhas. Por isso, os canais de venda terão de se reinventar diante dessa nova realidade e forma de lidar com o consumo. No segundo semestre, precisamos pensar muito as nossas ações”, destacou Souza.
Source: Rural

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