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(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

 

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, admitiu nesta quinta-feira (4/6) que o desmatamento e as queimadas estão crescendo no Brasil. Responsável pelo Conselho Nacional da Amazônia, Mourão afirmou, em entrevista a jornalistas a qual Globo Rural participou, que “o negacionismo não leva a nada”.

Mourão destacou, ainda, os resultados da Operação Verde Brasil. Segundo ele, a segunda fase já apreendeu 7 mil metros cúbicos de madeira na Amazônia em três semanas e aplicou mais de R$ 18 milhões em multas.

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“Foram em torno de 50 caminhões apreendidos, embarcações e muitas motosserras, que posteriormente vão ser leiloadas ou doadas às prefeituras para serem utilizadas da melhor forma”, disse o vice-presidente.

A operação foi a primeira decisão tomada a partir da criação do Conselho Nacional da Amazônia, antes sob responsabilidade do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que compreende a atuação das Forças Armadas na Amazônia para combater o desmatamento ilegal e as queimadas. As primeiras tropas começaram os trabalhos em 11 de maio.

Mea culpa

 

Hamilton Mourão lembrou que a Operação Verde Brasil 2 foi aprovada em 23 de março, em meio à pandemia de coronavírus, quando o maior foco do governo era na área da saúde. Apesar disso, reconheceu que o governo poderia ter agido diferente na região. 

“Fazemos nossa mea culpa, deveríamos ter dado mais atenção [para a Amazônia] desde o começo da operação”, declarou Mourão, que depois complementou que as Forças Armadas deveriam ter permanecido desde o ano passado na região. 

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Entretanto, o vice-presidente destacou que o papel das Forças Armadas é prover apoio logístico, para que os fiscais consigam chegar às áreas onde o crime ocorre, bem como apoio na segurança, à medida “que muitos fiscais são ameaçados e a presença da tropa federal junto possibilita mais segurança para agirem”.

“As forças armadas não são fiscalizadores. Os organismos encarregados de verificar se aquela propriedade está dentro dos parâmetros, e a partir daí aplicar as multas, são Ibama, ICMBio, Incra, Instituto Florestal e as secretarias estaduais de meio ambiente”, afirmou Mourão.
Source: Rural

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