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Após receber sinal verde do Tribunal de Contas da União (TCU), o Porto de Santos deve dar o primeiro passo para conceder dois de seus terminais à iniciativa privada para operação com celulose. De acordo com Fernando Biral, presidente do Porto de Santos, o leilão para arrendamento das duas unidades deve ocorrer em agosto deste ano, com investimento previsto de R$ 420 milhões.

“Isso pra gente é fundamental porque temos uma indústria líder, uma das poucas do Brasil com liderança mundial, com competitividade mundial, e a ideia é que a gente consiga reduzir um pouco do custo logístico”, explicou Biral, durante a live da série Caminhos da Safra, produzida pela Globo Rural com patrocínio da Scânia. A expectativa é de que o terminal seja o maior do mundo em movimentação de celulose, com capacidade prevista de 4,6 milhões de toneladas por ano.

Obras estruturantes

A licitação para a construção do terminal faz parte de uma série de obras classificadas como “estruturantes” para a ampliação da capacidade do Porto de Santos, segundo apontou Biral. Com um limite máximo de movimentação de 160 milhões de toneladas, o complexo portuário registrou uma movimentação de 134 milhões de toneladas no ano passado, podendo passar de 140 milhões em 2020.

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“A gente está caminhando para esgotar a nossa capacidade, mas tem uma série de medidas que estão sendo adotadas para gente dar um salto em termos de capacidade”, explica o presidente do Porto de Santos. Entre elas, Biral destaca a modernização das operações do porto, o que deve garantir um ganho de até 5% na produtividade das operações. “A ideia este ano é aperfeiçoar essas medidas e obter o máximo de capacidade enquanto não temos medidas mais estruturantes”, explica Biral.

Ferrovias

A previsão do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Santos é de que o complexo portuário alcance a capacidade de 240 milhões de toneladas até 2040 – o que, segundo Biral, depende da ampliação do uso do modal ferroviário nos terminais. “Temos um projeto ambicioso de aumentar de 33% para mais de 40% o uso do modal ferroviário, chegando a 45% daqui a 20 anos. É importante a gente ir atacando esse nós para efetivamente escoar toda a produção de forma eficiente”, avalia o presidente do porto de Santos.

Também presente na live, o presidente do Porto de Itaqui, Ted Lago, destacou que o complexo maranhense já opera com cerca de 60% da carga recebida via ferrovias e destacou a importância da conclusão das obras da Ferrovia de Integração do Centro Oeste (FICO) e da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL). “A gente aposta muito na FICO pra poder melhorar o custo do frete”, ressaltou Lago.

As ferrovias serão tema da próxima live do Caminhos da Safra, no dia 29 de maio. Para participar, siga as páginas da Globo Rural no Youtube, Facebook e LinkedIn.

Asssita à íntegra da conversa sobre os portos

Source: Rural

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