(Foto: Asbia)
Após registrar um crescimento de 21% nas vendas de sêmen bovino no primeiro trimestre, a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) espera manter o resultado nos próximos meses mesmo diante da pandemia, com previsão de crescer neste ano entre 17% e 19%.
“O que estamos vendo é que o agronegócio está forte, muito firme. Então a nossa expectativa em termos de genética é de crescimento”, aponta Marcio Nery, presidente da associação.
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Ao todo, o setor vendeu 3.209.778 doses de sêmen no mercado interno nos três primeiros meses do ano, sendo 64,6% de raças com aptidão para corte e 35,4% de raças leiteiras. No mercado externo, foram exportadas 82.382 doses no primeiro trimestre, um crescimento de 143% ante igual período do ano passado.
“O protagonismo do mercado interno é absoluto. Nem de longe as exportações vão atingir o potencial que é o mercado interno que, mesmo já sendo enorme, ainda responde por apenas 10% do rebanho de leite e 16% do de corte”, avalia Nery.
Genética
Entre os fatores que motivam o otimismo para os próximos trimestres no mercado de inseminação artificial animal, o presidente da Asbia destaca os elevados ganhos em produtividade gerados pelo investimento em genética quando comparado ao custo da tecnologia – de cerca de R$ 30 a dose de sêmen.
“A genética tem um papel importante na redução de custos porque gera um animal mais eficiente, mais precoce e com melhor qualidade de carcaça”, explica Nery. Segundo ele, o uso da inseminação artificial pode levar a redução de até 30% no custo de produção no longo prazo.
“Por isso, acreditamos que vamos ter um ótimo desempenho neste ano. Temos a arroba do boi e o bezerro valorizados e melhoria nos preços de leite. Então, há uma boa expectativa de que o produtor entende que está plantando essa semente em 2020 para ser colhida em 2023”, avalia o presidente da Asbia.
Source: Rural