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(Foto: Rogerio Albuquerque)

 

Depois de terem obtido o direito de comercializarem produtos em todo o Brasil, os produtores de queijo de artesanal ainda esbarram em um entrave logístico. Sem estrutura própria de distribuição, o envio dos produtos depende de serviços postais convencionais.

Só que os valores são considerados por eles altos demais diante do peso das remessas. A situação levou a Associação Brasileira de Produtores de Leite (Abraleite) a enviar um ofício aos Correios pedindo tarifas especiais para derivados lácteos artesanais.

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“O que queremos é que o governo não trave o comércio do queijo artesanal por conta do custo alto. Por isso, precisa haver uma tarifa incentivadora para que os produtores que tiverem o Selo Arte possam usufruir disso”, afirma Geraldo de Carvalho Borges, presidente da Abraleite.

Segundo ele, a maioria da produção de queijos artesanais é feita por pequenos agricultores, que somam 170 mil famílias no Brasil. Borges conta que, em alguns casos, o valor do envio supera o preço da própria mercadoria e diz que a postagem em grandes volumes não compensa o custo logístico via serviço postal.

“O Sedex aumenta por gramatura, conforme aumenta o peso. Se o valor para o produtor mandar uma ou cem peças fosse um preço só, já seria viável mandar a partir de certa quantidade, mas há gradativo aumento da tarifa”, explica Borges.

Selo Arte

 

Regulamentado em junho de 2019, o Selo Arte permite que produtores artesanais de produtos de origem animal comercializem sua produção em âmbito nacional mediante fiscalização de órgãos de saúde pública dos estados e do Distrito Federal.

O autor da medida, deputado Evair Melo (PP-ES), apoia o pedido dos produtores por tarifas especiais junto aos Correios e espera ampliar a medida para outros produtos artesanais. “Tendo em vista os novos protocolos de mobilidade, faz se necessário criar um mecanismo para que esses produtos possam chegar aos consumidores”, defende o parlamentar.

Melo ressalta que o comércio concentra-se em canais presenciais, como feiras, eventos e por meio do turismo rural, comprometendo a renda desses pequenos produtores. “É uma forma de fazer o negócio fluir tendo uma tarifa social para poder viabilizar esses pequenos negócios”, explica o deputado.
Source: Rural

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