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Terminal da Bunge em Miritituba, no Pará. Empresa teve prejuízo no primeiro trimestre (Foto: Heryka Cilaberry/Wikimedia Commons)

 

A companhia norte-americana Bunge registrou prejuízo de US$ 184 milhões (perda de US$ 1,46 por ação) no primeiro trimestre deste ano, informou a empresa nesta quarta-feira (6/5). Com o desempenho negativo, a empresa reverteu o lucro líquido obtido em igual período do ano anterior de US$ 45 milhões (US$ 0,26 por ação). Em base ajustada, o prejuízo líquido foi de US$ 1,34 por ação, ante lucro líquido de US$ 0,36 por ação obtido em igual intervalo de 2019.

No período, a receita recuou 7,7%, de US$ 9,94 bilhões para US$ 9,17 bilhões. O segmento de agronegócio foi responsável pelo montante de US$ 6,33 bilhões em vendas líquidas, no primeiro trimestre deste ano, queda de 8,5%, ante o faturamento de US$ 6,92 bilhões reportado em igual período de 2019. A Divisão de Açúcar e Energia reportou vendas de US$ 50 milhões, recuo de 82,4% ante os US$ 285 milhões reportados em igual intervalo do ano anterior.

Analistas consultados pela FactSet esperavam lucro líquido ajustado de US$ 0,67 por ação e receita de US$ 10,19 bilhões. Após a divulgação dos resultados financeiros, os papéis da Bunge recuavam 5,27% no pré-mercado da Bolsa de Valores de Nova York, sendo negociados a US$ 35,94 por ação, às 9h15 de Brasília.

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Este foi o quinto trimestre seguido de queda na receita da companhia e terceiro consecutivo de prejuízo. Assim como outras empresas do setor, o desempenho da Bunge reflete o cenário instável do mercado de commodities agrícolas, em virtude das incertezas quanto ao cumprimento do acordo comercial entre Estados Unidos e China e dos reflexos em gargalos logísticos e queda no consumo impostos pela pandemia do novo coronavírus. A companhia atribuiu o resultado trimestral à perdas em contratos a termo e de hedge nos mercados de esmagamento de grãos e sementes e de açúcar e energia, em virtude dos reflexos da covid-19 na disponibilidade das safras e nos preços do petróleo.

O CEO da Bunge, Greg Heckman, disse que as interrupções nos negócios da empresa em virtude da pandemia do novo coronavírus não foram significativas no primeiro trimestre do ano, apesar de ter sido observado desde março um efeito negativo no comportamento do consumidor em sua operação de óleos comestíveis. "Nossos negócios subjacentes tiveram um bom desempenho durante o trimestre e os ajustes de mercado em que incorremos deverão reverter nos próximos trimestres. Sem dúvida, este continuará sendo um ano desafiador", afirmou Heckman.

Para o acumulado de 2020, a companhia disse que agora espera que um lucro menor do que o inicialmente esperado, sem especificar as metas. A empresa disse que suas perspectivas para o segmento de agronegócio não mudaram significativamente de suas diretrizes originais por causa da capacidade de esmagamento de soja no segundo e terceiro trimestres deste ano. Quanto ao segmento de açúcar e bioenergia, a companhia considera que os próximos trimestres podem ainda refletir a queda acentuada nos preços do etanol brasileiro e da volatilidade cambial.
Source: Rural

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