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De acordo com o Ministério da Agricultura, China importou do agro brasileiro o triplo do importado pelos Estados Unidos e o dobro do demandado pela União Europeia (Foto: Reuters)

 

Abril foi de recorde para as exportações de alguns produtos da agropecuária brasileira, como mostram os dados divulgados pelos Ministérios da Agricultura (Mapa) e da Economia referentes à balança comercial. Produtos como soja, carnes bovina e suína, e algodão tiveram desempenho positivo nas vendas externas, apesar da pandemia de coronavírus, e registraram novas marcas históricas, segundo o governo.

Na soja, os embarques totalizaram 16,3 milhões de toneladas. O recorde anterior tinha sido em março deste ano, de 11,64 milhões de toneladas. O farelo de soja também registrou nova marca em abril: 1,7 milhão de toneladas, informou a Agricultura.

Pelo critério da média diária, usado pelo Ministério da Economia para comparar os números, houve um crescimento de 82,1% nos volumes exportados de soja, em relação abril de 2019, contabilizando média de 815,42 mil toneladas. Em receita, a média diária foi de US$ 272,98 milhões, aumento de 73,51% na mesma comparação.

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No relatório da balança de abril, a Economia informa que as vendas do para a Ásia (sem considerar Oriente Médio) aumentaram 81,5% no mês passado. Foi um dos que puxaram o desempenho na região, para onde as exportações, no geral, aumentaram 28,65%.

As exportações de soja para a Europa cresceram 84,8%, também colocando o produto entre os destaques na pauta para bloco. O movimento foi registrado mesmo em um cenário de quase estabilidade para a região, com crescimento de 0,21% no resultado geral de abril.

Já para a região do Oriente Médio, as vendas de soja caíram 57,9% no mês passado, acompanhando um movimento de queda no geral que, segundo o relatório da balança comercial, foi de 34,38%, também tomando por base as médias diárias.

Proteína animal

O setor de proteína animal também registrou marcas históricas em abril, de acordo com o Ministério da Agricultura. Na carne suína, foram enviadas 63 mil toneladas para o mercado externo. Pela média diária, houve alta de 23,35% no volume (3,145 mil toneladas) e de 40,47% na receita com as exportações (US$ 7,69 milhões).

Já os embarques de carne bovina (fresca, refrigerada ou congelada) totalizaram 116 mil toneladas, conforme o Mapa. Pela média diária, houve um crescimento de 8,06% no volume (5,81 mil toneladas) e de 25,18% na receita com as exportações (US$ 25,45 milhões).

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Também considerando a média diária, as vendas do produto bovino para a Ásia foram 114,4% maiores, informa o Ministério da Economia. Para o Oriente Médio, caíram 56,1%, acompanhando, assim como a soja, a queda nas exportações para a região de modo geral.

Outro produto do agronegócio com volume mensal recorde foi o algodão, de acordo com o governo federal. Foram 91 mil toneladas em abril, de acordo com o Ministério da Agricultura. Na média diária, houve crescimento de 29,52% no volume (4,53 mil toneladas) e de 18,67% na receita com as exportações (US$ 7,07 milhões).

Acumulado do ano

O resultado dos quatro primeiros meses do ano indica um aumento da importância da agropecuária para as exportações brasileiras. De acordo com o Ministério da Agricultura, o setor respondeu por 22,9% do que foi vendido pelo Brasil para outros países no intervalo de janeiro a abril. Na mesma época em 2019, essa participação foi de 18,7%.

A receita com as exportações de soja aumentou 29,9% em comparação com o primeiro quadrimestre do ano passado, de US$ 8,968 bilhões para US$ 11,653 bilhões. Outros produtos com desempenho positivo foram algodão em bruto, com alta de 69,5% (de US$ 659,2 milhões para US$ 1,117 bilhão), madeira em bruto, que cresceu 28,9% (de US$ 26,1 milhões para US$ 33,6 milhões), mel natural (+17,2%, de US$ 18,4 milhões para US$ 21,6 milhões) e especiarias (+3,2%, de US$ 85,7 milhões para US$ 88,5 milhões).

“Apesar da pandemia do novo coronavírus, o trabalho de abertura de mercado para os produtos agropecuários brasileiros continua trazendo bons resultados para o país. Houve aumento das exportações para a Ásia, com destaque para a China”, diz o Ministério da Agricultura.

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De acordo com o comunicado da pasta, mesmo com o impacto da pandemia sobre a economia chinesa, as exportações do agro brasileiro para o país aumentaram 11,3% na comparação dos quatro primeiros meses deste ano com o mesmo período no ano passado. Os destaques foram soja (+28,5%), carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (+85,9%), carne suína fresca refrigerada ou congelada (+153,5%) e algodão em bruto (+79%).

“Os números do primeiro quadrimestre mostram que, em dólares, a China comprou do Brasil o triplo do importado pelos Estados Unidos e o dobro demandado pela União Europeia”, informa o comunicado do Mapa, reforçando o papel dos chineses como principais parceiros comerciais do Brasil.
Source: Rural

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