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Principal região produtora do Brasil, o Sudeste deve colher 406,6 milhões de toneladas de cana (Foto: Marcelo Min / Ed.Globo)

 

A produção brasileira de cana-de-açúcar deve diminuir em 12 milhões de toneladas (1,9%) na safra 2020/2021, iniciada em 1º de abril. De acordo com o primeiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para safra atual, divulgado nesta terça-feira (5/5), a colheita nacional deve ser de 630,7 milhões de toneladas.

Principal região produtora do país, o sudeste deve ter retração de 2% no volume de cana, com 406,6 milhões de toneladas. Situação semelhante deve acontecer no Centro-oeste, com uma queda esperada em 1,1%, para 138,9 milhões de toneladas.

Já o Nordeste, é aguardado um volume 1,1% menor frente à última safra, totalizando 48,4 milhões de toneladas. Isso porque a região deve aumentar em 2% a área, mas reduzir a produtividade média em 3,5%.

Mais açúcar

Neste momento de incerteza global por conta da pandemia do coronavírus e a crise econômica, a indústria sucroenergética tende a priorizar a produção de açúcar, avalia a Companhia Nacional de Abastecimento. Com isso, o Brasil deve aumentar em 18,5% a produção da commodity, para 35,3 milhões de toneladas.

“É um momento de muita incerteza, com uma queda no preço do petróleo, queda no consumo de combustíveis no país e queda nas cotações de açúcar”, afirmou Guilherme Bastos, presidente da Companhia.

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Para o executivo, esse aumento na produção de açúcar é uma tentativa do setor de mitigar os impactos da dupla crise que afeta o mercado de biocombustíveis, com a queda nos preços eno volume comercializado.

"No exterior, há um vácuo no mercado, resultante de problemas de produção na Tailândia, o segundo maior exportador mundial, da restrição das exportações para priorizar o mercado interno na América Central e de problemas nos embarques na Índia, efeito da pandemia", disse.

Menos etanol

Já a produção de etanol deve ter retração de 13,9%, para 29,3 bilhões de litros, de acordo com a Conab. No caso do biocombustível, além da redução na demanda por conta da pandemia, há o efeito da disputa entre países produtores de petróleo, como Rússia e Arábia Saudita.

Em meio à essa conjuntura, devem sair das usinas 21,1 bilhões de litros de etanol hidratado, queda de 16%; e 9,2 bilhões para o etanol anidro – usado na composição com a gasolina -, retração de 8,8%

“As unidades de produção de cana-de-açúcar no Brasil foram amplamente afetadas pelo isolamento domiciliar, que reduziu a circulação de pessoas, e, por consequência, o consumo interno de etanol hidratado e de gasolina, que afeta, por conseguinte, o etanol anidro. Além disso, o biocombustível foi impactado pela desvalorização nos preços internacionais do petróleo que acabam prejudicando esse setor”, afirmou o presidente da Conab.

Contando com o etanol de milho, a oferta total do bioconbustível na safra 2020/2021 deve chegar a 32 bilhões de litros, queda de 10,3% em relação à temporada passada, que, nas estimativas da Conab, chegou a 35,7 bilhões de litros.
Source: Rural

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