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Unidade da AGCO na Itália. No Brasil, empresa atua no mercado com marcas como Massey Ferguson, Valtra e Fendt (Foto: Wikimedia Commons)

 

A AGCO, fabricante norte-americana de máquinas agrícolas, registrou lucro líquido de US$ 64,7 milhões, ou US$ 0,85 por ação, no primeiro trimestre deste ano. O resultado representa queda de 0,61% ante lucro de US$ 65,1 milhões (US$ 0,84 por ação) obtido em igual período do ano passado. O lucro líquido ajustado foi de US$ 0,86 por ação.

As vendas líquidas da companhia ficaram em US$ 1,93 bilhão no período, queda de 3,4% ante os US$ 1,99 bilhão reportado em igual intervalo de 2019. Analistas consultados pela própria empresa previam lucro ajustado de US$ 0,42 por ação e receita de US$ 1,86 bilhão.

O resultado trimestral da companhia veio em linha com o obtido nos trimestres anteriores, quando o lucro líquido já vinha apresentando baixa. A receita marcou o quinto trimestre consecutivo de recuo. Assim como outras empresas do setor, o desempenho da AGCO reflete as dificuldades de comercialização de máquinas e equipamentos agrícolas com a retração de investimento do agricultor, em meio às incertezas relacionadas à pandemia do novo coronavírus e a restrição de crédito para financiamento do setor.

O maior declínio nas vendas foi observado na região da Ásia/Pacífico/África, seguida da região da Europa e Oriente Médio, com recuo de 17,8% e 8%, respectivamente, entre os primeiros trimestres de 2020 e 2019. Em compensação, a receita na América do Norte apresentou alta de 11,2%. Na América do Sul a receita de vendas caiu 1,4% no período. A maior parte do declínio da receita do continente sul-americano foi observada em mercados fora do Brasil, segundo a AGCO.

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"Embora os benefícios de uma safra volumosa no Brasil e na Argentina, bem como o dólar forte, estão apoiando uma economia relativamente positiva, os agricultores estão mostrando uma abordagem cautelosa na compra de equipamentos por causa do atual ambiente econômico e político", acrescentou a empresa, em comunicado divulgado para imprensa e investidores.

A AGCO afirmou que o resultado trimestral refletiu, principalmente, o aumento na demanda de máquinas de plantio de precisão na América do Norte, a diminuição na oferta de alguns componentes e a interrupção temporária na operação de suas fábricas em virtude da pandemia do novo coronavírus. O CEO da empresa, Martin Richenhagen, disse no comunicado que a empresa "superou as interrupções na produção relacionadas à covid-19 na China e na Europa" no primeiro trimestre após a retomada da produção após as suspensões na China e, eventualmente, na Europa e América do Sul.

Segundo a companhia, a única fábrica importante ainda não reaberta, a de Suolahti na Finlândia, deve retomar as operações em junho. Para o ano fiscal de 2020, a companhia retirou as perspectivas financeiras, alegando as incertezas causadas pela pandemia da covid-19. Antes da doença, a AGCO esperava vendas de US$ 9,2 bilhões, alta de 2% ante 2019. Para o Brasil, a fabricante projetava ampliar a receita de vendas em 5% até o fim do ano, acompanhando o crescimento do mercado.

"Enquanto os efeitos da pandemia da coid-19 devem prejudicar a demanda em 2020, existem indicadores promissores de que a indústria de equipamentos agrícolas é relativamente resistente. Embora nossa produção tenha sido reduzida em algumas áreas geográficas, nós continuamos a apoiar agressivamente a atividade de vendas no varejo em nossos mercados globais", acrescentou Richenhagen.
Source: Rural

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