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Estiagem nas lavouras de soja de Encruzilhada do Sul, no RS (Foto: Carlos Corrêa da Rosa/Divulgação)

 

Prejudicados pela forte estiagem da safra 2019/2020, produtores do Rio Grande do Sul (RS) poderão parcelar o custeio em até sete anos. Foi o que explicou Antônio da Luz, economista-chefe da Farsul, a Federação da Agricultura do Estado, durante entrevista à Globo Rural em live no Instagram, na quarta-feira (15/4).

Diante das perdas que já chegam entre 40% e 50% para soja e 30% para o milho, o produtor está com dificuldades para planejar a safra 2020/2021. Por isso, a entidade propôs o parcelamento do custeio e o governo gaúcho aceitou, conforme contou Luz.

“Os produtores do Rio Grande do Sul vão poder pegar esse custeio e pagar nos próximos sete anos com entrada no próximo ciclo de renda. Então, se o próximo ciclo for ano que vem, a entrada é só ano que vem”, afirmou.

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Parcelas de investimento já existentes, incluindo renegociações, também poderão entrar nestes sete anos, com exceção do Programa de Sustentação do Investimento Rural. O parcelamento visa produção do agricultor e o PSI se destina à máquinas, equipamentos e caminhões.

Antônio da Luz admite que a medida não resolve todo o problema do produtor, mas o ajuda a se sustentar, principalmente em meio à crise do coronavírus. “O pessoal da agricultura familiar e médio produtor do Pronamp [Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural] ainda pode acessar uma linha de crédito com 36 meses para pagar, sendo 12 de carência.”

Recessão

Antônio da Luz ainda alerta que é importante começar a pensar na safra 2020/2021 considerando um cenário de recessão econômica e sugere que os tomadores de decisão sejam mais conservadores. Para aqueles que exportam commodities, o economista-chefe enxerga situação mais confortável, mas aos produtores de mercado interno ele sugere diminuir a produção e aumentar os itens exportáveis.

“Se você não pode diminuir a produção, acho que não é momento de ampliá-la, porque infelizmente a tendência nos próximos semestres é termos gradativamente uma desaceleração da economia brasileira e, por consequência, uma desaceleração pela demanda de interna dos nossos produtos”, explica.
Source: Rural

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