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Presidente Jair Bolsonaro conversa com a imprensa na saíde do Palácio da Alvorada (Foto: Reprodução/Youtube)

 

O presidente Jair Bolsonaro reforçou, nesta quarta-feira (25/3), as críticas a medidas de isolamento adotadas por “alguns governadores e prefeitos” por conta do avanço do coronavírus no Brasil. Em pronunciamento na saída do Palácio da Alvorada, ele alertou para a possibilidade de um colapso na economia, que, em última instância, pode afetar até a produção rural no país.

“Sem dinheiro, sem produção, o povo do campo também vai deixar de produzir. Vamos viver do quê?”, questionou o presidente, na conversa com os jornalistas. “O que precisa fazer é botar esse povo para trabalhar. E preservar os idosos e quem tem problema de saúde”, acrescentou.

Bolsonaro reafirmou os termos do pronunciamento feito na noite de terça-feira em rede nacional. No discurso, o presidente criticou a imprensa, a quem atribuiu parte da responsabilidade por criar um clima de histeria no país, por conta do coronavírus. E criticou medidas de isolamento feitas por administrações estaduais e municipais. O pronunciamento recebeu críticas de governadores e dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

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“Não vou aceitar críticas de quem nunca fez nada pelo Brasil”, disse Bolsonaro, nesta quarta-feira, na saída do Palácio da Alvorada, quando questionado sobre as reações do presidente do Senado ao seu pronunciamento.

Ainda no Alvorada, Bolsonaro reforçou as críticas a governadores e prefeitos que, na visão dele, estão arrebentando com o Brasil e destruindo empregos. Criticou mais duramente os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, dizendo que os dois fazem “demagogia barata” em torno da situação do coronavírus.

“O que aconteceu no Chile pode ser fichinha perto do que pode acontecer no Brasil. Certas autoridades estaduais e municipais estão tomando medidas, a meu ver, além da normalidade. Isso levará anos para ser pago, se é que o Brasil não possa sair da normalidade democrática que vocês tanto defende”, disse Bolsonaro.

Isolamento vertical

O presidente Bolsonaro disse que conversará com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta sobre a possibilidade de mudar a orientação geral sobre o isolamento da população. Para o presidente, deve ser adotado o chamado isolamento vertical, abrangendo somente os grupos de maior risco de contágio pelo coronavírus: idosos e portadores de doenças preexistentes. Para ele, o chamado isolamento horizontal, mais generalizado, vai provocar problemas maiores do que o próprio vírus.

“Ninguém quer que ninguém morra. A gente lamenta. Ninguém quer enterrar um ente querido. Mas tem que tirar da cabeça do povo essa sensação de pânico”, disse o presidente. “A família tem que cuidar do seu idoso, em primeiro lugar. Tem que parar de deixar tudo nas costas do poder público”, disse ele, acrescentando ter recebido relatos de sucesso na aplicação do medicamento cloroquina contra o Covid-19.
Source: Rural

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