Skip to main content

(Foto: Divulgação)

 

A Corteva Agriscience anunciou nesta quinta-feira (12/3) que fará parte da grade de empresas mantenedoras do Cubo Itaú, hub de empreendedorismo e tecnologia localizado em São Paulo.

Sem revelar o investimento, a parceria tem por objetivo conectar startups e companhias de diferentes setores para oferecer soluções a produtores rurais, interligando canais de distribuição, cooperativas e demais segmentos da cadeia produtiva do agronegócio.

saiba mais

Centro de Inovação nos EUA simula clima de lavouras da América Latina para produzir sementes

BRF lança linha de congelados à base de proteína vegetal

 

Em um primeiro momento, o objetivo estará focado em resolver três grandes gargalos dos produtores rurais: facilitar o acesso ao crédito, melhorar a utilização de barter e aumentar a capacitação de pequenos agricultores. 

“Nossos pilares de inovação não terminam quando desenvolvemos uma nova molécula ou nova tecnologia. Queremos que isso chegue aos agricultores. Nesse contexto, procuramos encontrar conectores para ter a possibilidade de chegar a milhares de agricultores no país”, afirmou o diretor de marketing da Corteva Agriscience, Douglas Ribeiro.

Crédito rural personalizado

O executivo disse que a parceria pode conectar bancos a produtores e levar a personificação na análise de crédito rural. “Queremos dar agilidade e, quem sabe, encontrar aqui uma forma para que o custo do crédito do agricultor seja mais proporcional ao nível de tecnologia que ele usa e a sua capacidade de gestão”, disse Ribeiro.

“É um setor que depende de crédito e, em alguns cultivos, você colhe daqui a 12 meses. Como você faz 12 meses sem renda? Então, ele [produtor] precisa de capital de giro. Isso é uma dificuldade não só no Brasil, mas no mundo inteiro”, completou.

(Foto: Divulgação)

 

Para o diretor de marketing da Corteva, com o auxílio de tecnologias como inteligência artificial e big data, a tendência é que o crédito seja oferecido de acordo com a capacidade de produção. “Hoje, é uma régua para todos. Mas nós temos condições de usar dados para personificar o crédito, e o custo deste crédito para o produtor”, explicou.

Outro ponto importante é facilitar o uso de barter, que é quando o produtor faz a troca da sua mercadoria, seja soja, milho ou café, por insumos, como semente, fertilizantes ou defensivos.

Crédito está sempre conectado com barter. Isso já representa 20% da forma como o Brasil opera, e nós também temos desafios burocráticos para uniformizar o processo e para que o agricultor se sinta mais confortável

Douglas Ribeiro, diretor de marketing da Corteva

 

 

Conexão entre empresas

Segundo o co-head do Cubo Itaú, Pedro Prates, são quatro critérios avaliados para que empresas se juntem ao hub de empreendedorismo: qualidade e histórico do empreendedor, o tamanho de mercado, a escalabilidade tecnológica e momento da empresa. “A Corteva vai trazer para nós as dores e as necessidades dos agricultores ainda não entendidas, além dos desafios do campo”, disse Prates.

O prédio hoje já conecta 130 startups de diferentes setores, como inovação, tecnologia, indústria e transporte, além de outras 170 que não estão alocadas no espaço. Entre outros apoiadores que ajudam a manter estão o fundo de investimentos em shoppings BrMalls, o grupo GPA, Coca Colla, TIM e empresas da indústria automobilística, como Toyota e Renault, entre outros.

Projeto Prospera

Além da parceria, a Corteva anunciou a intenção de ampliar para 50 mil, nos próximos cinco anos, o número de agricultores participantes do Prospera. Focado na região Nordeste, o projeto para capacitar produtores rurais em Pernambuco teve início em 2017, com 45 participantes. Nos últimos três anos, o número cresceu e chegou a 927 no ano passado.

Para atingir a meta, foi feita uma consultoria junto à KPMG para avaliar a capilaridade e potencial do programa. “Nós precisamos de parcerias de inovação e tecnologia, uma rede de multiplicadores”, disse o diretor de marketing da Corteva.

Na prática, Douglas Ribeiro esclareceu que pode desenvolver, ao lado de outras empresas, uma plataforma que facilite o contato de produtores com engenheiros agrônomos. “Um produtor de grãos ou frutas precisa de um especialista em irrigação. Através da plataforma, ele consegue falar com esse especialista”, pontuou.

No nordeste, a empresa já utiliza WhatsApp para interagir com os agricultores. Segundo a empresa, os produtores do programa conseguiram aumentar a produtividade média de 10 sacas por hectare para 80 sacas.
Source: Rural

Leave a Reply