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China foi o principal destino das exportações argentinas de carne bovina em 2019  (Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)

 

Os efeitos do coronavírus sobre a economia chinesa já causam impactos nos frigoríficos argentinos. Em janeiro deste ano, o setor exportou 41,6 mil toneladas de carne bovina, queda de 32,8% ante a média observada no último trimestre do ano passado, segundo dados da Câmara da Indústria e Comércio de Carnes e Derivados da República Argentina (Ciccra).

“A notável desaceleração do ritmo de expansão [das exportações], bem como a magnitude da queda ante o observado no final de 2019, justifica-se pela desaceleração dos embarques para a China, mesmo antes do coronavírus ter afetado o funcionamento normal das transações econômicas mundiais”, pontua a instituição em seu relatório mensal de mercado.

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A título de comparação, a Ciccra relembra os resultados de exportação observados em anos anteriores. Em janeiro de 2019, por exemplo, a queda em relação à média observada no trimestre anterior foi de 13,3%, com crescimento de 41,9% ante janeiro de 2018. Desde o agravamento da crise com a peste suína africana na Ásia, a China tem respondido por mais de 70% das exportações argentinas de carne bovina.

Resultado por país

Em janeiro, foram exportadas 30,2 mil toneladas de carne bovina da Argentina para a China. Embora represente avanço de 31,6% ante janeiro do ano passado, trata-se de um crescimento bem menor que os 88% observados no início de 2019. Com isso, as exportações totais, considerando o produto com osso, somaram 62 mil toneladas – abaixo das 72 mil toneladas projetadas inicialmente pela entidade.

Por outro lado, destinos como Brasil e Israel ganharam espaço entre os destinos de exportação da carne bovina argentina. No caso brasileiro, o país ocupou o quinto lugar entre os maiores importadores, com 901 toneladas – crescimento de 48,9% ante janeiro do ano passado, quando ocupava o sétimo lugar. Já Israel foi o segundo principal destino, com 2,45 mil toneladas, avanço de 32,8% na mesma comparação.

“A diferença [nas exportações] na comparação com os meses anteriores foi que, desta vez, o crescimento dos embarques para a China não explica a totalidade do aumento das exportações de carne”, conclui a Ciccra em seu relatório.
Source: Rural

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