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Chuvas atrasaram carregamentos nos principais portos do país em fevereiro (Foto: Ivan Bueno/Divulgação)

 

As exportações brasileiras de soja em grão alcançaram a média diária de 489,1 mil toneladas nos cinco primeiros dias úteis de março, salto de 72,1% em relação à média de 284,2 mil toneladas registrada em fevereiro, em meio a condições climáticas mais favoráveis para os embarques.

O volume embarcado neste mês também representa alta de 9,86% ante a média diária de março de 2019, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, divulgados nesta segunda-feira.

A melhora nas condições climáticas do país contribui para a retomada no escoamento de cargas que estavam represadas no mês passado, em função de um acúmulo de chuvas que atrasou a saída de navios dos portos.

Em fevereiro, em função do clima, carregamentos da oleaginosa chegaram a ter atraso de 12 dias no porto de Santos (SP), o maior para a exportação de soja no país, e em cerca de 11 dias em Paranaguá (PR), conforme dados da agência marítima Cargonave.

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Apesar do surto do novo coronavírus, principalmente na China, o ritmo de exportação do grão ainda não foi afetado. O país asiático é o maior importador de soja no mundo e principal parceiro comercial do Brasil no setor.

Na primeira semana de março, os embarques brasileiros de soja totalizaram 2,4 milhões de toneladas e, com isso, o faturamento para o período somou 823,1 milhões de dólares, informou a Secex.

Os valores da tonelada de soja não registraram variações muito significativas e atingiram 336,6 dólares neste mês, abaixo dos 348,6 dólares por tonelada vistos em fevereiro e dos 357,2 dólares registrados um ano antes.

Carnes têm dados mistos

Já no setor de proteína animal, cujas vendas externas já haviam sido afetadas no mês passado pela extensão do Ano Novo Lunar na China, houve recuo nas exportações de carne bovina.

Segundo a Secex, a média diária de embarques da proteína bovina in natura atingiu 5,7 mil toneladas na primeira semana de março, volume inferior à média de 6,1 mil toneladas apurada em fevereiro e à de 6,2 mil toneladas obtida em março de 2019.

Com o resultado, o país vendeu 28,4 mil toneladas de carne bovina ao exterior e faturou 127,6 milhões de dólares, no acumulado da primeira semana do mês.

Neste ano, as expectativas para o setor de carne bovina começaram otimistas devido à continuidade da peste suína africana na China, que dizimou quase metade do rebanho chinês de suínos e aqueceu a demanda por importações do país.

No entanto, medidas de contenção do surto do coronavírus impostas pelo governo do país asiático, que limitaram o trânsito, vinham postergando a distribuição do produto importado e prejudicaram o fechamento de novos contratos.

No segmento de carne suína in natura, os embarques brasileiros de março estão em linha com a média de fevereiro, em 3,5 mil toneladas. Em relação ao mesmo período do ano passado, a média diária está cerca de 40% mais alta.

No acumulado do mês, as exportações de proteína suína do Brasil totalizam 17,5 mil toneladas e a receita soma 43 milhões de dólares.

Já em carne de frango in natura, a média diária de vendas alcançou 17,5 mil toneladas, abaixo das 18 mil toneladas da média de fevereiro, mas acima das 16,7 mil toneladas registradas um ano antes. Com isso, o setor acumula o volume exportado de 87,5 mil toneladas em março e faturamento de 137,7 milhões de dólares.
Source: Rural

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