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Apesar da quebra de safra da azeitona, o Brasil tem sido reconhecido pela qualidade dos azeites (Foto: Divulgação)

 

Nesta semana, o Rio Grande do Sul abriu oficialmente a temporada de colheita das azeitonas e produção de azeite de oliva no Brasil. Como principal produtor nacional de azeite, o Estado realizou ontem (06/03), nos pomares da cidade de Caçapava do Sul, um dos pólos de produção da fruta, a nona edição do evento que marca a época, registrando uma quebra de safra.

A previsão para a produção de azeitonas no Estado para 2020 será de apenas 80 toneladas, o que representa uma redução de 57% em relação à safra do ano passado. Em 2019, o Rio Grande do Sul produziu 189 toneladas de azeitona, contribuindo para o volume recorde do Brasil de 1,4 milhão de toneladas no Brasil e de 240 toneladas de azeite. 

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De acordo com Paulo Marchioretto, presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), a queda se deve às condições climáticas durante o período da polinização. “Muita chuva durante dez dias, em outubro, fez com que prejudicasse muito a polinização, o que resultou numa diminuição muito grande da produtividade. Entretanto, essa baixa produtividade não altera, em absoluto, a qualidade do azeite”, explica Marchioretto.

Toda a produção de azeite é comercializada ainda no mercado interno, tendo em vista que o Brasil não tem capacidade de exportação de azeite. Em 2019, o país importou 70 mil toneladas de azeite para suprir a demanda nacional. “Ou seja, o Brasil produz hoje cerca de 0,3% do total que importa. Isso é uma diferença muito grande e vamos levar um tempo ainda para suprirmos o mercado nacional”.

Qualidade

A qualidade do azeite brasileiro vem ganhando fama internacionalmente, embora os produtores ainda tenham que adaptar as ferramentas e tecnologias necessárias para avançar no volume de produção. “Nos últimos três anos, o Brasil conquistou mais de 50 premiações internacionais, o que demonstra a excelência na qualidade dos nossos azeites. Então, qualidade no azeite nós temos. O que ainda nos falta são tecnologias que nos permitam aumentar essa produção”, diz Marchiatto.

Ainda segundo o presidente da Ibraoliva, o setor está trabalhando junto aos ministérios da Agricultura e da Economia na desoneração da importação das tecnologias necessárias para aumentar a produção brasileira.

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Source: Rural

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