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(Foto: Emiliano Capozoli/Ed.Globo)

 

 

 

Com o intuito de pôr fim ao uso do fogo na agricultura e, consequentemente, reduzir os riscos de incêndios florestais decorrentes de queimas sem controle, a Embrapa Amazônia Oriental lançou uma nova produção editorial reunindo artigos sobre um processo tecnológico que substitui as tradicionais queimadas.

O livro Roça sem fogo: da tradição das queimadas para a agricultura sustentável na Amazônia traz a técnica alternativa às queimadas desenvolvida com sucesso por pesquisadores, e que também dispensa o uso de máquinas agrícolas.

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De fácil adoção e aplicável a culturas anuais e perenes, esse método de preparo de área favorece especialmente os agricultores familiares e é considerada pela Embrapa uma tecnologia ambientalmente ajustada, economicamente viável e socialmente justa. O livro traz, de maneira mais detalhada, as etapas para a implantação da tecnologia.

Além disso, o conjunto tecnológico da roça sem fogo tem outras vantagens sobre a agricultura convencional de queimadas, como a manutenção da fertilidade do solo, a possibilidade de aproveitamento do material lenhoso para a produção de energia e a menor concorrência de plantas daninhas em comparação ao sistema de derruba e queima.

(Foto: Reprodução)

 

Como funciona

A roça sem fogo consiste no preparo da área de capoeira de 5 a 10 anos de idade com o corte da vegetação herbácea rente ao solo, seguido do inventário das espécies de valor econômico, como fruteiras e essências florestais, para preservação no roçado.

As demais plantas lenhosas também são cortadas rente ao solo, com posterior retirada do material lenhoso, finalizando com o picotamento da vegetação na superfície do solo e aceiro ao redor da área preparada para plantio de mandioca ou espécies perenes.

“No sistema tradicional, o constante uso do fogo, em médio prazo, diminui a fertilidade do solo a níveis críticos, situação que compromete a capacidade produtiva da terra e custa caro ao pequeno produtor rural, pois será preciso providenciar a correção imediata do solo”, ressalta o engenheiro-agrônomo Moisés Modesto, analista da Embrapa, também editor técnico e coautor da coletânea.
Source: Rural

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