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Presença de oídio em lavouras de Ponta Grossa (PR) é menor em relação a safras anteriores (Foto: Mariana Grilli/Ed Globo)

 

A safra de soja do Paraná começa a ver o trabalho das colheitadeiras depois de um periodo de atraso na semeadura, devido à seca e ocorrência de geada, principalmente nos meses de setembro e outubro.

Quem esperou o clima melhorar para plantar, agora está mais suscetível a doenças e precisa ter adotado um bom manejo preventivo para evitar problemas de fitopatologia.

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Na região de Campos Gerais, que compreende o município de Ponta Grossa, os males que costumam assombrar a soja geralmente são oídio e mofo branco, conforme explica Sênio Prestes, coordenador de fitopatologia da Fundação ABC.

 

Essa safra está sendo muito interessante, porque problemas com o oídio foram muito tranquilos, embora ainda tenha. O mofo branco é muito severo e a tão temida ferrugem da soja está muito tranquila

Sênio Prestes, coordenador de fitopatologia da Fundação ABC

Ainda assim, ele alerta que não pode haver descuido e estima que quem plantou atrasado, e pelo histórico de anos úmidos como esse, o mês de março "não falha" quanto à ferrugem. "Na região de Campos Gerais, ela [a ferrugem] começa a se desenvolver agora. Muito provavelmente até o final do mês, nós vamos começar a ter boas áreas com severidades, de quem não aplicou [fungicida], descuidou, teve intervalo maior".

Já no norte do Paraná, o pesquisador Aroldo Marochi explica que quem fez a semeadura em setembro teve perdas em decorrência do mau estabelecimento do clima, diferente dos níveis de produtividade satisfatórios que têm se apresentado referentes aos plantios de outubro em diante.

Em relação às doenças, o clima instável incentivou o manejo preventivo: "O produtor, preocupado em função do atraso, teve uma conscientização maior e realizou os tratamentos, o que de uma forma, direta ou indireta, contribuiu com uma boa sanidade da cultura da soja", diz Marochi em entrevista à Globo Rural.

Sobre o milho segunda safra, Marochi explica que o oeste e o centro do Paraná iniciaram os plantios em condição de atraso. "Mas as condições de ambiente vão estar bem favoráveis, se não tivermos frio intensificado ou condições adversas nos períodos de maio a julho, acredito que vamos ter uma boa safra de milho também", ele prevê.

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* A jornalista viajou a convite da Bayer
Source: Rural

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