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arroz-colhido-grao-cereal (Foto: Dan Mitler/CCommons)

 

Os preços do arroz em casca, que estão em alta desde julho do ano passado, atingiram na quarta-feira desta semana o maior patamar nominal da série dos levantamentos realizados Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), iniciada em julho de 2005.

Na quarta-feira (31), o indicador Esalq/Senar-RS, 58% grãos inteiros, com pagamento à vista, fechou a R$ 51,26/saca de 50 kg e ontem apresentou um leve recuo para R$ 51,07/saca. Os preços acumula em janeiro alta de 6,3% em relação à última cotação de dezembro do ano passado. O maior valor nominal até então, de R$ 50,88/saca, havia sido verificado no início de agosto de 2016.

Os pesquisadores do Cepea explicam que apesar da proximidade da colheita da nova safra 2019/2020, os produtores têm se mantido firmes em seus preços para comercialização de arroz em casca, levando em conta o pouco volume disponível para ser negociado e no alto custo do cereal no Rio Grande do Sul. “Quanto às indústrias, o cenário é de demanda firme, inclusive por parte de Minas Gerais, Goiás e São Paulo. Apesar disso, a disparidade de preços permanece grande.”

Eles lembram que as projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam que o estoque final de arroz em fevereiro deste ano, relativo ao produto colhido na safra 2018/2019, será de 521,2 mil toneladas, o segundo menor da história.

“Para a safra em andamento (2019/2020), a disponibilidade interna deve ser a menor desde a temporada 1984/1985, totalizando 12,1 milhões de toneladas. Neste cenário, os estoques de passagem em fevereiro do ano que vem devem ficar ainda menores, para 437,8 mil toneladas.”

Os pesquisadores observam que no Rio Grande do Sul, o volume a ser colhido na safra 2019/2020 está estimado em 7,39 milhões de toneladas de arroz em casca, queda de 0,1% frente à safra anterior, com retração de 5% na área semeada, mas ganho de 5,2% na produtividade.

Em Tocantins, a produção poderá cair 1,25%, para 616,1 mil toneladas, reflexo da menor produtividade (-2,2%), mesmo com área 1% maior. Em Mato Grosso, a produção está prevista em 492,5 mil toneladas, alta de 27%, com aumentos na área (+25%) e na produtividade (+1,6%). Os dados são do levantamento de safra da Conab.

cepea arroz (Foto: )

 
Source: Rural

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