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Agência de Proteção Ambiental dos EUA alerta para uso do glifosato conforme indicado na bula (Foto: Getty Images)

 

A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, em inglês) finalizou a revisão a respeito do herbicida glifosato e concluiu, na quinta-feira (30/01), que ele não apresenta risco à saúde humana à medida que seja utilizado conforme as indicações da bula.

Em nota, a EPA afirmou que é “improvável que o glifosato seja um agente cancerígeno humano” e que está “exigindo medidas de gestão para ajudar os agricultores a direcionar os pulverizadores de pesticidas para as pragas pretendidas, proteger os polinizadores e reduzir o problema de as ervas daninhas se tornarem resistentes ao glifosato”.

A multinacional Bayer, que tem o glifosato como ingrediente ativo do herbicida Roundup, se pronunciou a respeito da decisão da EPA ressaltando que a conclusão corresponde a avaliações das principais autoridades internacionais de saúde.

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“Os herbicidas à base de glifosato são um dos produtos mais estudados do gênero, o que é uma das principais razões pelas quais os agricultores de todo o mundo continuam a confiar nesses produtos”, afirmou presidente da Divisão Crop Science da Bayer, Liam Condom.

Revisão do carbendazim

No Brasil, o fungicida que está em reavaliação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o carbendazim, utilizado para culturas como citros, milho, trigo, soja, algodão e feijão. Proibido na Europa por ser relacionado à infertilidade e ao câncer, o produto já havia sido reavaliado especificamente para a cultura do citros em 2012.

A decisão de reavaliar o produto foi anunciada pela Anvisa em agosto de 2019, e o edital de chamamento foi publicado dia 20 de dezembro no Diário Oficial da União (DOU), listando as empresas que deveriam atualizar os dados dos processos de registro dos produtos.

Anunciada no site da Anvisa, uma reunião estava prevista para a última segunda-feira (27/01) para apresentar “procedimentos administrativos, o escopo da reavaliação e as abordagens a serem utilizadas para avaliação técnica”. No entanto, até a publicação desta reportagem, a agência não confirmou se realmente houve a reunião.

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Em nota, a Bayer, que utiliza o carbendazim, diz que as reavaliações são procedimentos de rotina e “respeita os rigorosos processos científicos atualmente utilizados pelas agências regulatórias e outras autoridades para garantir o uso seguro dos defensivos agrícolas e outros produtos de proteção à lavoura”. Mas a empresa confirmou a realização nem que tenha participado da reunião na Anvisa.

Procuradas pela Globo Rural, as empresas FMC e Ourofino, que também estão na listagem publicada no DOU, não se manifestaram.
Source: Rural

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