Área total de café no Brasil teve aumento de 4%, chegando a 1,89 milhão de hectares (Foto: Globo Rural/Editora Globo)
O primeiro levantamento do ano sobre a safra de café apontou que o Brasil deve colher entre 57,2 milhões e 62,02 milhões de sacas beneficiadas de café neste ano. Já a área total chega a 1,89 milhão de hectares, o que significa um crescimento de 4%.
Os dados da produção foram divulgados na manhã desta quinta-feira (16/1) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo o boletim, devem ser colhidas entre 43,2 e 45,98 milhões de sacas beneficiadas de arábica e entre 13,95 a 16,04 milhões de sacas de conilon.
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A produção de café arábica, influenciada pela bienalidade, deverá ter um aumento entre 26% e 34,1%, respectivamente, em comparação ao volume produzido na safra passada. Mas, em relação a 2018, haverá um decréscimo entre 3,2 e 9%. Já a produção de conilon subiu de 14,2 milhões de sacas em 2018, para 15 milhões em 2019.
De acordo com a Conab, a floração da atual safra ocorreu sob um clima desfavorável, com altas temperaturas e baixos índices pluviométricos. Entretanto, o clima favoreceu no período da formação do chumbinho e os enchimentos dos frutos do arábica.
Produção regional
Entre os estados cafeicultores, Minas Gerais deve produzir entre 30,71 e 32,08 milhões de sacas. A maior parte deve vir do sul do Estado, onde a quantidade oscila entre 17,03 e 17,79 milhões de sacas, e da Zona da Mata Mineira, que varia entre 7,21 a 7,53 milhões de sacas.
O boletim também cita os demais Estados produtores, com projeções para Espírito Santo (13,02 a 15,44 milhões de sacas), São Paulo (5,71 a 6,1 milhões), Bahia (3,6 a 4,1 milhões), Rondônia (2,34 a 2,39 milhões), Paraná (880 a 970 mil), Rio de Janeiro (316 a 350 mil), Goiás (265,2 a 276 mil) e Mato Grosso (159 a 168,8 mil).
Mercado
No mercado internacional, os preços futuros dos contratos dos cafés arábica e conilon recuaram neste início de ano após as fortes altas verificadas nos meses de novembro e dezembro do ano passado, informou a Conab.
A normalização do clima com o retorno das chuvas nas regiões cafeeiras do Brasil e a entrada de produto de origem colombiana e de países da América Central tem contribuído para a queda nas cotações.
Source: Rural