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As carnes contribuíram com o maior impacto individual no IPCA de dezembro (Foto: Getty Images)

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro subiu 1,15%, enquanto, em novembro, havia registrado 0,51%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este foi o maior resultado para um mês de dezembro desde 2002, quando o IPCA ficou em 2,10%. Em dezembro de 2018, a taxa foi de 0,15%. No ano, o IPCA acumulou variação de 4,31% e ficou 0,56 pontos percentuais acima dos 3,75% registrados em 2018.

O grupo Alimentação e bebidas subiu 3,38% e apresentou a maior variação e o maior impacto na inflação (0,83 ponto percentual) entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados. Outros seis grupos também registraram alta em dezembro, com destaque para os Transportes (1,54%) e as Despesas pessoais (0,92%).

No lado das quedas, a maior contribuição negativa veio da Habitação (menos 0,13 pontos), cuja variação no índice do mês foi de menos 0,82%. Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,48% nos Artigos de residência e a alta de 0,66% em Comunicação.

O levantamento do IBGE mostra que após a aceleração registrada entre outubro (0,05%) e novembro (0,72%), o indicador do grupo Alimentação e bebidas acelerou em dezembro e registrou alta de 3,38%. Foi a maior variação mensal do grupo desde dezembro de 2002, quando o índice do grupo foi de 3,91%.

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Os analistas explicam que esse resultado foi particularmente afetado pelo comportamento dos preços das carnes (alta de 18,06%), que contribuíram com o maior impacto individual no IPCA de dezembro (0,52 pontos).

Os preços do frango inteiro (5,08%) e dos pescados (2,37%) também subiram, assim como os de outros gêneros alimentícios, como o feijão-carioca (23,35%) e o tomate (21,69%). No lado das quedas, destacam-se a cebola (-8,76%) e o pão francês (-0,68%), ambos com contribuição de -0,01 pontos. A alimentação fora do domicílio (1,04%) também acelerou em relação ao mês anterior (0,21%), influenciada pelas altas da refeição (1,31%) e do lanche (0,94%).

Variação anual

A alta de 4,31% do ICA em 2019 se deve principalmente à pressão do grupo Alimentação e bebidas, cujo indicador subiu 6,37% e impacto de 1,57 pontos no acumulado do ano. A seguir, vieram os Transportes (3,57%) e Saúde e cuidados pessoais (5,41%), com impactos de 0,66 pontos e 0,65 pontos, respectivamente. O único grupo a apresentar variação (-0,36%) e impacto (-0,01 pontos) negativos foi Artigos de residência.

Os analistas do IBGE explicam que no começo do ano, os aumentos mais intensos foram nos preços de alguns cereais, como o feijão-carioca, que acumulou alta de 105,00% no primeiro trimestre; já em novembro e dezembro, o destaque ficou com as carnes, cuja variação acumulada no ano foi de 32,40%, com a maior parte do aumento nos preços concentrada no último bimestre (27,61%).

(Foto: IBGE IPCA 2)

 
Source: Rural

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