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A startup Fishtag tem como objetivo retirar o pescado do produtor e entregar diretamente para o restaurante (Foto: Divulgação/Fishtag)

 

A Fishtag, startup B2B de venda de peixes, recebeu aporte de R$ 1,8 milhões em rodada de investimento liderada pela GVAngels, grupo de investidores-anjo formado por ex-alunos da FGV. Outras três organizações de investidores-anjo aplicaram recursos na empresa: Anjos do Brasil, Insead Angels e MIT Alumni Angels. De acordo com a CEO da empresa, Barbara Granek, o dinheiro será utilizado para aumentar a equipe e investir em tecnologia.

“Saímos de uma empresa que estava operando basicamente no molde artesanal. Estávamos incapazes de aumentar a nossa operação. Agora poderemos fortalecer e desafogar o time e estruturar melhor os papéis de responsabilidade dentro da empresa”, conta Granek.

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A MIT Alumni Angels do Brasil se interessou pela startup por propor uma nova maneira de conectar os pescadores dos compradores, além do fato de Bárbara Granek ser ex-aluna do MIT e ter experiência em consultoria estratégica no setor. “A startup chamou nossa atenção por ser uma solução disruptiva, além de se tratar de um negócio já tracionado”, aponta a presidente do grupo, Maria Alice Frontini.

"Ela conseguiu montar um modelo de negócio que agrega valor para todos os participantes desse ecossistema. Este é o diferencial. Você consegue construir uma grande empresa quando você agrega valor para todos pelo ponto de vista B2B", elogia a diretora executiva do Anjos do Brasil, Maria Rita Spina Bueno. 

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Fundada em janeiro de 2019, com um investimento inicial de apenas R$ 150 mil, a Fishtag já vendeu mais de 10 toneladas de peixes, com um faturamento acima de R$ 500 mil. A proposta da empresa é entregar o produto diretamente aos restaurantes, possibilitando o maior acesso ao mercado por parte dos produtores.

Barbara conta que a ideia surgiu no período em que trabalhou como CEO de uma empresa produtora de atum no Rio Grande do Norte. Foi quando diz ter percebido o alto nível de intermediação na compra do pescado. Segundo ela, a situação inibe o ganho financeiro das tripulações dos barcos de pesca. Vendo potencial de melhora nessa relação de mercado, decidiu criar sua empresa pensando em uma forma diferente de atuação.

"O produtor, que não tem estrutura comercial ampla, pode chegar a muitos mais clientes e os restaurantes tem acesso a muito mais espécies e fornecedores. Os intermediários tradicionais hoje compram e revendem. A gente não é dono do peixe, mas conecta e fornece serviço por trás disso (plataforma, logistica, controle de qualidade)", explica Barbara.

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Além de fornecer uma logística com menos agentes, a empresa investe na rastreabilidade do pescado para que os clientes consigam acessar informações básicas, como quem pescou, por qual indústria processadora foi avaliado, a data de desembarque e de captura. 

De acordo com a executiva, a Fishtag quer valorizar e facilitar o trabalho de toda cadeia produtiva. Para melhorar o fluxo de caixa dos pescadores, que demoram para receber pelo peixe comercializado, a empresa só trabalha com o pagamento à vista. 

“Estamos no lugar certo, na hora certa para fazer essa virada numa indústria que não passou para o digital e vamos fazer essa mudança. Queremos que todo mundo ganhe nesse processo, que os produtores, os processadores, os restaurantes ganhem e o oceano também. No final das contas, visamos esse consumo mais consciente do peixe”, conta.
Source: Rural

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