Skip to main content

Executivos da Basf detalham nova estratégia de negócio da empresa (Foto: Basf)

 

A Basf planeja lançar no Brasil mais de 30 produtos entre soluções de biotecnologia e defensivos agrícolas até 2030. Além das culturas como soja, milho e algodão, a multinacional alemã também pretende ampliar sua atuação em frutas e hortaliças. Foi o que anunciaram executivos, nesta terça-feira (5/11), em encontro com jornalistas, em Trindade (GO).

Na área de defensivos, estão sendo desenvolvidos 28 produtos. Uma das principais apostas é um fungicida com formulações para aplicação em diversas culturas. A companhia tem a expectativa de obter a liberação do produto pelo Ministério da Agricultura (Mapa) dentro de quatro anos. 

“Falar de quantidade de lançamentos para nós é muito importante. Mas o que nos deixa mais otimistas é que estamos trazendo soluções mais modernas. Queremos contribuir de maneira significativa com o desenvolvimento da agricultura brasileira de forma sustentável”, afirmou o vice-presidente de soluções para Agricultura no Brasil, José Munhoz Filippe.

Na área de sementes, estão sendo preparados quatro traits (biotecnologias) no algodão. Um deles traz a tecnologia TLP, que não tem tolerância ao glifosato, mas apenas ao glufosinato de amônio. A ideia é que seja utilizada no manejo de resistência de plantas daninhas. Na soja, serão outros dois traits: um tolerante à ferrugem e outro que tolera o nematoide de cisto.

“Do ponto de vista de genética, todo ano a Basf deve lançar novas variedades no mercado brasileiro. Nos próximos dez anos, serão quase 30 variedades de algodão e mais de 80 variedades de soja”, disse o diretor de sementes da Basf no Brasil, Hugo Borsari.

Os lançamentos, que devem ser comercializados também em outros mercados, fazem parte da nova estratégia da companhia para agricultura, cuja meta global é aumentar em 50% as vendas até 2030. Considerando o resultado de 2018, que foi de 6,2 bilhões de euros, o objetivo seria chegar a 9,3 bilhões de euros. A intenção é também ganhar participação, com crescimento de um ponto percentual acima da média do mercado.

saiba mais

Bioeconomia é solução para a exploração da Amazônia, diz líder da Bayer na América Latina

Basf lucrou 24% menos no terceiro trimestre

 

Os planos são anunciados pouco mais de um ano depois da compra dos ativos da Bayer, motivada por questões ligadas ao negócio entre a concorrente e a norte-americana Monsanto. Considerada a maior aquisição da história da Basf, o negócio, estimado em 7,4 bilhões de euros, reposicionou a empresa em segmentos como sementes, frutas e hortaliças, além de defensivos e agricultura digital.

Só no primeiro ano de operação com esses novos ativos, foram lançados mais de dez produtos. Os efeitos desse portfólio agregado foram sentidos nos resultados, como informou a empresa no balanço do terceiro trimestre. As vendas cresceram 26% em relação ao período em 2018, com uma receita de 1,561 bilhão de euros. De janeiro a setembro, a receita da divisão agrícola foi de 4,472 bilhões de euros, 34% a mais que no ano passado.

“A aquisição dos negócios da Bayer representa um passo fundamental nesse histórico já longo da agricultura. Essa aquisição não apenas amplia a nossa carteira, nossa capacidade. Mas também está moldando a maneira como estamos fazendo negócios”, afirmou Gros, manifestando satisfação com os primeiros resultados dessa integração.

Nas projeções da empresa, os negócios adquiridos devem contribuir com 30% faturamento da divisão agrícola em nível global até 2028. E 70% dos novos projetos devem ser lançados até 2023.

*O jornalista viajou a convite da Basf
Source: Rural

Leave a Reply