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Tereza Cristina ressaltou ainda que "se queremos exportar mais, precisamos também abrir nosso mercado" (Foto: Antonio Araujo/Mapa)

 

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, admitiu, em entrevista à Rádio CBN, na tarde desta terça-feira (05/11), que a posição dos Estados Unidos de manterem suspensas as compras de carne in natura do Brasil pode ser uma estratégia política para postergar a reabertura do mercado. 

Ela disse também que viajará para o país no próximo dia 17 e pretende tratar pessoalmente desse assunto com o secretário de Agricultura americano, Sonny Purdue. “Não diria isso [de ser uma estratégia política] lá trás, quando realmente tivemos problemas com a carne. Agora, pode ser uma postergação”, disse.

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Tereza Cristina ressaltou ainda que “se queremos exportar mais, precisamos também abrir  nosso mercado.” Ela lembrou de uma negociação que se arrasta há anos, desde a Rodada do Uruguai, e que poderia servir às negociações atuais. “Temos uma pauta sobre trigo. O Brasil colocou uma cota de 750 mil toneladas, não só para os Estados Unidos.É uma cota pequena em relação ao que importamos. O Brasil precisa fazer sua parte. Se queremos exportar mais, também precisamos abrir também nosso mercado. Maior parte do nosso trigo vem da Argentina e 750 mil toneladas é pouco”, lembrou.

Na visita que fará aos americanos este mês, a ministra da Agricultura disse que pretende dar pessoalmente todas as respostas aos questionamentos feitos sobre a carne brasileira. “Estamos recebendo relatórios do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e vendo os pontos que estão questionado. Se tiver todas as repostas, vou levar isso em mãos e discutir com o secretário Purdue. Quem compra é soberanos”, afirmou ela. Questionada sobre a real possibilidade de reverter a suspensão dos Estados Unidos, Tereza disse acreditar que sim. “Isso não é veto. Pediram mais informações. Está suspenso”, destacou.

A suspensão norte-americana à carne brasileira ocorreu em 2017, depois que os serviços de inspeção dos Estados Unidos encontraram abscessos em cortes de carne importados do Brasil. As cargas foram devolvidas à origem. As análises nos produtos concluíram que os abscessos eram resultados da aplicação de vacinas contra a febre aftosa em locais errados nos animais.
Source: Rural

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