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Amazônia – Produtor carrega cachos de pupunha colhidos na Reca, em Rondônia (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)

 

Em evento realizado em Brasília (DF) nesta segunda-feira (04/11), o líder da divisão agrícola da Bayer na América Latina, Rodrigo Santos, disse que acredita na bioeconomia como  solução para a exploração sustentável da floresta amazônica. Ele ressaltou ainda que o agronegócio não existe sem o equilíbrio do bioma, responsável pelas chuvas que regam as lavouras dos produtores brasileiros. “O desenvolvimento econômico dessa região da Amazônia não vem da agricultura e pecuária. Eu acho que tem que ser outra forma de exploração da floresta. Eu acho que bioeconomia é um grande elemento de desenvolvimento para aquela região”, ele afirma.

Rodrigo diz que há a possibilidade de aumentar a produção de gado de corte e de leite no Brasil em outras áreas de pastagem já existentes, assim como na agricultura. “Então essas duas não são solução para a região. Eu acho que essa é uma equação complexa, que tem que ter a colaboração de governo, empresas privadas e comunidades locais para promover esse desenvolvimento da bioeconomia”, diz o líder da Bayer.

Eu acho que essa é uma equação complexa, que tem que ter a colaboração de governo, empresas privadas e comunidades locais para promover esse desenvolvimento da bioeconomia"

Rodrigo Santos, líder da Bayer na América Latina

Representantes de 45 países estão participando do Youth Ag Summit (YAS). O evento aborda as mudanças climáticas e reúne, até a próxima quarta-feira (6/11), 100 jovens do mundo todo para discutir o futuro da agricultura e da alimentação, com ações tangíveis, baseadas nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Bárbara Oliveira Ferreira, de 21 anos, participa do YAS com um projeto de dessalinização de água com energia solar-térmica. Apesar da pouca idade, a estudante de Engenharia de Produção deseja contribuir com a redução da seca no semiárido nordestino ao proporcionar água potável para consumo doméstico e na agricultura de subsistência. Ela defende que essa é uma oportunidade de discutir sobre a agricultura no nordeste do Brasil. “É importante entendermos como as mudanças climáticas e a política influenciam na qualidade de vida e nos meios de subsistência vividos pelas pessoas na região”, diz Bárbara.

Para que esses jovens tirem suas ideias do papel, Sara Menker, CEO da Gro Intelligence – empresa de gestão e análise de dados – acredita que as pessoas precisam entender exatamente o que significam as mudanças climáticas, principalmente quando elas influenciam a produção de alimentos.

Há muitos dados disponíveis sobre mudanças climáticas, mas isso precisa ser acessado e disponibilizado de forma que todos entendam"

Sara Menker, CEO da GRO Intelligence

“Há muitos dados disponíveis sobre mudanças climáticas, mas isso precisa ser acessado e disponibilizado de forma que todos entendam. Hoje em dia são apenas cientistas falando para cientistas”, defende Sara, ao dizer que quanto mais as pessoas entendem os dados que estão a favor da agricultura, maiores as chances de produzir de forma sustentável e inteligente, de acordo com o comportamento de consumo, que busca cada vez menos impactar o meio ambiente.

*A jormalista viajou a convite da Bayer
Source: Rural

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