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Mancha teria 55 km de extensão e 6 km de largura. (Foto: Reprodução SEI/IBAMA )

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O meteorologista Humberto Barbosa do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) afirma que a origem do óleo que polui as praias do Nordeste pode ser de algum dos muitos poços perfurados pela Petrobras na região Sul da Bahia. Com mestrado no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e doutorado na Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, professor Barbosa analisa imagens do satélite Sentinel-1A , da Agência Espacial Europeia (ESA), com sede na Alemanha e diz que uma mancha gigante está a 54 km da costa do litoral sul da Bahia, nas proximidades dos municípios de Itamaraju e Prado.

“É muito óleo que está vazando e de fonte submersa”, diz ele. “Na minha opinião pode ser que um dos muitos poços que a Petrobras perfurou nessa região esteja provocando esse desastre ecológico: a mancha que se visualiza através do satélite tem todas as características de óleo e mede aproximadamente 55 km de extensão e 6 Km de largura”, diz ele.

A Revista Globo Rural teve acesso a uma nota do Ibama, onde os técnicos do CENIMA (Centro Nacional de Monitoramento Ambiental) comentam as imagens do Satélite Sentinel 1A.

Diz a nota:

“Imagens de radar obtidas por sistemas sensores em aeronaves de sensoriamento remoto ou em plataformas satelitais conseguem detectar somente a presença de feições suspeitas de ocasionarem poluição por óleo em águas oceânicas, em função da diferença de padrão de textura entre a água do mar (superfície mais rugosa em função das ondas), gerando imagens de radar em padrão escuro. A confirmação da veracidade da detecção remota dependerá sempre da inspeção no local da ocorrência por barcos e aeronaves que possuam sensores específicos de identificação (laser e infravermelho). Em outro trecho a nota diz que a imagem possui: “feição de falso-positivo”.

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Já o doutor Barbosa afirma que cabe ao Cenima, averiguar in loco a mancha. Existe um desinteresse em averiguar nossa descoberta”, diz ele. “Mas, o fato é que nós encontramos o que chamamos de  assinatura espacial diferenciada, que aponta a origem do vazamento: Esse vazamento, diz ele, vem do fundo do mar e de águas brasileiras. Mas, infelizmente, existe um silêncio total de todos os órgãos que procurei até agora. Minha última esperança é a comissão que está investigando o vazamento no senado federal. Fiz contato com o senador Randonfe Rodrigues que se diz interessado em levar o assunto a diante,” diz o pesquisador.

A reportagem da Globo Rural procurou a Petrobras e o INPE, mas até a publicação desta matéria não obteve resposta.
Source: Rural

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