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ConectarAgro (Foto: Mariana Grilli/Ed.Globo)

 

Lançado oficialmente na Agrishow deste ano, o ConectarAgro, iniciativa liderada por um grupo de oito empresas para levar conectividade a propriedades rurais, será uma associação sem fins lucrativos. As associadas – AGCO, Bayer, CNH Industrial, Jacto, Nokia, Solinftec, TIM e Trimble – têm como objetivo levar a tecnologia 4G para 5 milhões de hectares até o final deste ano.

A criação oficial de uma entidade tem o objetivo de conseguir avançar em discussões com o governo federal, inclusive buscando agendas com o Ministério da Agricultura (Mapa) e o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), de acordo com anúncio foi feito nesta quarta-feira (30/10), durante evento de telecomunicações em São Paulo.

O investimento para implementar a infraestrutura do 4G nas fazendas é de meia saca por hectare. Renato Coutinho, especialista de telecom na CNH Industrial, afirma que, dessa área, um milhão de hectares sejam direcionados a pequenos produtores.

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“Estamos trabalhando bem próximos a cooperativas, porque elas serão os facilitadores dessa tecnologia ao pequeno e médio produtor. Muita vezes, o grande agricultor consegue investir sozinho, o que não é a realidade das pequenas propriedades. Por isso, a cooperativa fará esse papel de agregar vários produtores e dividir os custos e a cobertura da antena instalada”, ele explica.

Renato Bueno, diretor de marketing da Nokia Brasil, conta que há uma lista de mais de 20 interessados em entrar no ConectarAgro, uma vez que apenas de 7% a 8% do público rural consegue se conectar ao 4G.

“Sabemos que a absorção dessa tecnologia requer o rompimento de barreiras e esse é um processo natural para que mais pessoas do campo acessem a internet. Pensando nisso, a associação, que não é comercial, busca a sustentação econômica dos seus clientes por meio da ampliação da rede móvel”, ele diz.

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Até o momento, 1,6 milhão de hectares têm acesso por meio do ConectarAgro, conforme fala Alexandre Dal Forno, head de soluções de IoT da TIM, a empresa provedora do 4G na associação. “O mundo de Telecom ainda é muito afastado do agronegócio e precisamos entender as necessidades do campo. Estamos conquistando isso e já temos quatro grandes clientes: Jalles Machado, Amaggi, SLC Agrícola e Adecoagro”, explica Dal Forno. 

De acordo com José Carlos Bueno, diretor da Trimble para América Latina, sem tecnologia não é possível conseguir produzir mais utilizando os recursos existentes, por isso fornecer conexão tem relação direta com produtividade. “A agricultura de precisão auxilia na pulverização seletiva e na correção de erros de operação. Mas isso é feito com conectividade, por meio de dados gerados em telas em plataforma Android”, ele explica.

Na visão de Bueno, o 4G no campo pode gerar um ganho de produtividade de 10% a 15% por reduzir o tempo de trabalho do tratorista, além de uma redução de combustível no mesmo percentual. O executivo da Trimble ainda cogita que a agricultura brasileira possa ver máquinas com piloto automático, em escala comercial, daqui a cinco anos.

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Um consenso da associação é que a possibilidade de ter a internet no campo não apenas facilita a transmissão de dados da máquina agrícola para a fazenda, mas também aproxima pessoas. Segundo Paula Arruda, gerente da Bayer, que participa da associação via Climate FieldView, utilizar o 4G no celular é algo que facilitará a comunicação e trará mais agilidade para processos simples.

“Seja o dono da fazenda, seja o tratorista, quando as pessoas acessarem o 4G no celular poderão enviar uma mensagem por Whatsapp comunicando que um trator quebrou a quilômetros da fazenda, por exemplo. Isso faz diferença na agilidade e até na segurança do dia a dia”, explica a gerente ao dizer que o FieldView é um exemplo de ferramenta que funciona de forma offline, mas “propicia uma experiência diferente quando conectado em tempo real”.
Source: Rural

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