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Depois de passar pela China, onde participou de seminário empresarial, presidente Jair Bolsonaro foi para o Oriente Médio, onde estão previstos compromissos nos Emirados Árabes, Catar e Arábia Saudita (Foto: Presidência da República)

 

O presidente Jair Bolsonaro participa, neste domingo (27/10), da sessão de abertura do Seminário Empresarial Brasil-Emirados Árabes, em Abu Dhabi. O compromisso está previsto na agenda divulgada pelo Palácio do Planalto, que inclui também reuniões com empresários, trocas de atos internacionais e um almoço com o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, xeique Mohamed bin Zayed Al Nahyan. A visita a Abu Dhabi inicia a parte do Oriente Médio da missão presidencial, que já esteve no Japão e na China.

De acordo com dados do Ministério da Agricultura, o Oriente Médio é a quarta região mais importante para os produtos do agronegócio brasileiro, atrás da Ásia, União Europeia e o bloco do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta). Mas sua relevância está aumentando no comércio exterior do agronegócio brasileiro.

De janeiro a setembro deste ano, as exportações agropecuárias para o Oriente Médio somaram US$ 6,09 bilhões, um crescimento de 9,9% em relação ao mesmo período no ano passado, quando as vendas externas somaram US$ 5,54 bilhões. A participação no total passou de 7,3% para 8,5% de um ano para outro. 

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A pauta para a região é liderada pelas carnes. Os embarques do complexo somaram 1,253 milhão de toneladas e renderam US$ 2,46 bilhões de janeiro a setembro deste ano. O Brasil vem se destacando na produção com certificado Halal, produzida de acordo com os preceitos muçulmanos, um mercado estimado em 1,8 bilhão de pessoas no mundo. Na carne de frango, por exemplo, a indústria brasileira é a maior fornecedora global.

As vendas do complexo soja (grão, óleo e farelo) para a região foram de 2,09 milhões de toneladas, com um faturamento de US$ 1 bilhão. Açúcar, cacau e café também têm o Oriente Médio como destino.

Segmentos do agronegócio que lideram as exportações do Brasil para o Oriente Médio (Fonte: Ministério da Agricultura)

 

Os Emirados Árabes são apenas o 15º destino das exportações do setor neste ano, mostram os dados do governo brasileiro, mas a participação também aumentou. De janeiro a setembro, os embarques somaram US$ 1,025 bilhão, 5,4% a mais que no mesmo período em 2018, quando a receita somou US$ 972,8 milhões. A participação do país nas exportações agropecuárias passou de 1,3% para 1,4% do total, conforme o Ministério.

O complexo carnes lidera as exportações para o país. De janeiro a setembro de 2019, os embarques totalizaram 331,8 mil toneladas, com um faturamento de US$ 675,33 milhões. No intervalo dos primeiros nove meses de 2018, foram 260,6 mil toneladas e uma receitas de US$ 464,59 milhões.

O açúcar é outro produto relevante, embora os dados do Ministério da Agricultura mostrem queda nas exportações. De janeiro a setembro, foram embarcadas 630,95 mil toneladas do produto, com receita de US$ 173,30 milhões. No mesmo período no ano passado, os exportadores venderam 1,27 milhão de toneladas e faturaram US$ 375,4 milhões.

Segmentos que lideram as exportações do agronegócio do Brasil para os Emirados Árabes (Fonte: Ministério da Agricultura)

 

A passagem do presidente Jair Bolsonaro pelo Oriente Médio inclui ainda visitas ao Catar e à Arábia Saudita. Desses destinos, os sauditas têm participação maior no comércio agropecuário. O país é o 12º destino das exportações do setor em 2019, com 1,8% de participação. De janeiro a setembro, foram 2,35 milhões de toneladas de produtos, com uma receita de US$ 1,32 bilhão. No intervalo em 2018, 2,06 milhões de toneladas renderam US$ 1,27 bilhão.

Para o Catar, o agronegócio brasileiro exportou 77,32 mil toneladas nos primeiros nove meses deste ano, com uma receita de US$ 108,27 milhões. No mesmo período em 2018, o volume embarcado foi de 56,7 mil toneladas e o faturamento somou US$ 80,88 milhões.

Segmentos que lideram as exportações do agroengócio do Brasil para a Arábia Saudita (Fonte: Ministério da Agricultura)

 

"Obrigado, China"

Antes de embarcar com destino à Abu Dhabi, o presidente Jair Bolsonaro postou em sua conta no Twitter um agradecimento à China, onde sua comitiva também teve uma intensa agenda de compromissos. Do país asiático, principal parceiro comercial do Brasil, o governo traz na bagagem a assinatura de protocolos sanitários para a exportação de farelo de algodão e carnes termoprocessadas.

Durante a semana, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que foi à China para preparar a visita oficial do presidente, disse que as negociações estão avançando para a exportação de melão – tendo como contrapartida a importação de pera – e uma maior abertura do país para as carnes, com a habilitação de mais plantas para exportação. Foi divulgada também a intenção dos chineses de investir em pelo menos quatro usinas de açúcar no Brasil.

Outro tema que entrou na pauta de comércio com a China, mesmo que de forma inicial, de acordo com o governo brasileiro, foi o etanol. Tanto a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, quanto o próprio presidente Jair Bolsonaro, destacaram a possibilidade do Brasil exportar o biocombustível para o país asiático.

No Twitter, presidente Jair Bolsonaro expressou agradecimento à China (Foto: Reprodução/Twitter)

 
Source: Rural

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