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O destaque no setor de proteínas animais é a avicultura de corte, com crescimento de 12,8% na receita, para R$ 62,6 bilhões (Foto: Globo Rural)

 

O valor bruto da produção (VBP), que estima o faturamento com a venda dos principais produtos agropecuários, deve atingir neste ano R$ 606,2 bilhões e ficar 1,7% acima do registrado no ano passado. A renda dentro da porteira é a segunda maior da série histórica iniciada em 1989 e inferior apenas aos R$ 607,8 bilhões registrados em 2017.

Os cálculos são da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, com base em dados de produção e preços de setembro. As proteínas animais lideram a recuperação da renda no campo, com faturamento de R$ 208 bilhões, valor 6,4% superior ao do ano passado. No caso das lavouras, a receita recuou 0,6% para R$ 398 bilhões.

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O destaque no setor de proteínas animais é a avicultura de corte, com crescimento de 12,8% na receita, para R$ 62,6 bilhões. O faturamento da pecuária de corte cresce 2,7% para R$ 82,5 bilhões e o da suinocultura aumenta 9,5% para R$ 15,9 bilhões. Já a pecuária leiteira tem queda de 1,7% na renda para R$ 32,9 bilhões e a avicultura de postura (ovos) recua aumenta 21,4% para 13,9 bilhões.

O bom desempenho do setor de proteínas animais está associado ao aumento das exportações das carnes, em função da ocorrência de peste suína africana que levou a China a sacrificar grande parte do plantel de suínos. De janeiro a setembro deste ano as exportações de carnes (bovinos, suínos e aves) atingiram 5 milhões de toneladas, volume 3,6% superior ao embarcado em igual período do ano passado. Já a receita aumentou 7% para US$ 11,5 bilhões.

Nas lavouras a soja se mantém como carro-chefe do agronegócio, com faturamento de R$ 130,5 bilhões, que recuou 12,1% em comparação com o ano passado. Segundo o Centro de Estudo Avançado em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), a queda de preços da oleaginosa está associada à menor demanda externa, devido ao maior interesse da China pelo produto norte-americano, cujas exportações na safra 2019/2020 até setembro cresceram 6%, tendo como principal destino o mercado chinês.

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O milho neste ano desbanca a cana-de-açúcar como segunda maior cultura em receita. A renda dos produtores de milho subiu 23,5% para R$ 60,7 bilhões. O bom desempenho dos preços do cereal está atrelado está atrelado ao crescimento das exportações, que de janeiro a setembro deste ano cresceram 130% em volume e atingiram 29 milhões de toneladas. A receita das vendas externas cresceu 134,7 para US$ 4,98 bilhões.

O maior aumento de faturamento no campo ocorreu nas vendas de feijão, com alta de 58,8% para R$ 9,5 bilhões. No caso da algodão o crescimento foi de 18,2% para R$ 41,9 bilhões. Outro segmento importante é a cana-de-açúcar, cuja renda retraiu 9,3% para R$ 57,7 bilhões. No café a queda foi de 27% para R$ 18,9 bilhões.

VBP SETEMBRO 19 (Foto: VBP SETEMBRO 19)

 
Source: Rural

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