Skip to main content

Educação sanitária e vigilância estão no radar das secretarias de agricultura (Foto: Rosalba Tarazona/CCommons)

 

Depois da confirmação do terceiro caso de peste suína clássica (PSC) no Brasil, representantes do Ministério da Agricultura (Mapa) e da indústria brasileira de carne suína reafirmam a importância de se manter a fiscalização e o controle da doença. Foi durante um evento sobre a suinocultura, realizado na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista. Nesta sexta-feira (11/10) foi reportada pelo governo uma ocorrência em um criatório no município de Traipu, em Alagoas.

Lia Coswig, médica veterinária e auditora fiscal federal agropecuária afirma que “o Ministério está elaborando um plano estratégico Brasil Livre de Peste Suína Clássica e esses aparecimentos dos focos são decorrências do trabalho de vigilância que está sendo feito pelas secretarias de agricultura dos estados. Se fez um trabalho de educação sanitária e vigilância. Esse achado foi importante, porque mostra que os estados estão trabalhando para a erradicação”.

Ela lembra que todos os animais infectados pela doença são sacrificados. No comunicado oficial, o Ministério informou que as primeiras medidas tomadas no criatório alagoano são "investigações de propriedades situadas no raio de 10 quilômetros em torno do foco e propriedades com algum vínculo epidemiológico, além do pronto atendimento a todas as notificações de suspeitas"

Terceiro estado brasileiro a registrar uma ocorrência de peste suína clássica, Alagoas far parte da área considerada não livre da doença. Essa região inclui também Ceará e Piauí, onde foram identificadas as duas ocorrências anteriores, além de Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Maranhão, Rio Grande do Norte e Pernambuco.

saiba mais

Ministério confirma caso de Peste Suina Clássica em Alagoas

Suíno valoriza e reduz competitividade em relação a boi e frango, diz Cepea

 

No entanto, 95% da produção brasileira de carne suína e 100% do volume exportado são provenientes da região considerada livre da doença, que integra 15 estado e o Distrito Federal. Para José Antonio Ribas, diretor de Agropecuária da Seara, o trabalho de inspeção é positivo para o mercado brasileiro. “O que a gente quer é mobilizar [a fiscalização], para não deixar se tornar uma crise. Apesar dos 11 estados não estarem na zona livre, nós queremos cuidar deles também. Que bom que o Ministério está se mobilizando, porque a suinocultura brasileira é muito relevante para a economia nacional”, ele afirma.

De acordo com a Instrução Normativa nº 25, de 2016, do MAPA, é proibida a circulação de suínos, animal genético, produtos e subprodutos da zona não livre para a zona livre. E, apesar de ser semelhante à peste suína africana, que tem dizimado a produção de suínos, especialmente na China, a  Embrapa Suínos e Aves classifica a PSC como menos severa. Entre os principais sintomas, o suinocultor deve observar: febre, alta mortalidade em animais jovens, manchas hemorrágicas (avermelhadas) na pele do animal, incoordenação motora, conjuntivite e diarreia.

Vídeo: consultor fala sobre efeitos da peste suína africana

 

  
Source: Rural

Leave a Reply