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Na ONU, Bolsonaro atacou o que chamou de "colonialismo" em relação à Amazônia (Foto: Reprodução/TV Brasil)

 

Bolsonaro foi Bolsonaro na ONU. Foi autêntico e comportou-se no plenário da Assembleia Geral como se estivesse em casa, postando no Twitter. O discurso não trouxe nenhuma novidade. O presidente repetiu os velhos chavões que vêm utilizando desde o início de seu mandato, quando pensou em extinguir o Ministério do Meio Ambiente e abandonar o Acordo de Paris, mas voltou atrás.

O presidente usou e abusou da palavra "falácia" em seu discurso recheado de falácias. Logo de início atribuiu a crise da Amazônia à "mídia sensacionalista e aos países colonialistas", numa clara referência à França e à Alemanha. Quem assistiu na TV o discurso de Bolsonaro, deve ter visto a cara de fastio de Ângela Merkel ao acompanhar o pronunciamento de seu colega brasileiro.

Bolsonaro citou como falácia que a Amazônia é o pulmão do mundo. De fato é falácia – não é o pulmão do mundo, mas a floresta é essencial porque ajuda a estabilizar o clima do Planeta.
Mais uma vez Bolsonaro reafirmou a soberania do Brasil na Amazônia. "A Amazônia não é um patrimônio da humanidade", disse, desdenhando as milhões de pessoas em todo o mundo que vêm se manifestando contra o desmatamento da floresta nos últimos meses.

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Confira a íntegra do discurso de Bolsonaro na ONU

 

A Amazônia é sim brasileira e é um patrimônio da humanidade. A humanidade sente a Amazônia como um bem do Planeta, que cabe ao Brasil respeitar e preservar. O presidente voltou a falar que os índios têm muitas terras e as ONGs os tratam como homens da caverna.

Há tribos em diferentes estados de desenvolvimento no Brasil. Índios que querem plantar soja como os Pareci, em Mato Grosso; tribos isoladas, que precisam ser protegidas e preservadas. Mas reduzir o tamanho das reservas indígenas só aumentaria o desastre ambiental.

Bolsonaro repetiu que o Brasil tem 61% do território brasileiro estão preservados e apenas 8% são destinados à produção rural, que França e Alemanha têm mais de 50% de seus territórios destinados a lavouras e criação. Se a Europa desmatou suas florestas há mais de 500 anos, destruindo sua biodiversidade, o Brasil não precisa fazer o mesmo. Dos 8% de terras que dedicamos à produção rural, uma boa parte (100 milhões de hectares) são de pastos degradados que podem ser convertidos à agricultura.

Falo mais sobre o assunto no CBN Agronegócios desta terça-feira (24/9). Acompanhe.
Source: Rural

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