As vendas de sêmen bovino foram bastante positivas no primeiro semestre (Foto: Divulgação)
A comercialização de sêmen bovino foi intensa no primeiro semestre deste ano, cresceu 19,1% e animou o setor. As vendas atingiram 6,09 milhões de doses contra 5,2 milhões de igual período em 2018, segundo a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), que representa as empresas
As raças de corte lideraram. Os produtores de carne estão indo com força às compras, segundo a Asbia. Raças como nelore, brahman, angus, brangus e outras de carne tiveram 3,76 milhões de doses vendidas, um salto de 27,9%.
Conversei com Heverardo Carvalho, diretor da Alta, empresa de Uberaba (MG) que mais comercializou sêmen no Brasil. Foram 2,2 milhões de doses no primeiro semestre, e eles representam robustos 23% a mais em relação a 2018, informa Heverardo, que estava bastante satisfeito. Nos doze meses de 2018, a Alta chegou a bater um recorde no país, sendo a primeira a comercializar mais de 5 milhões de doses, segundo o executivo.
Heverardo me disse que, entre outros fatores, o avanço da tecnologia genética e a bem sucedida experiência do cruzamento industrial de zebuínos, como o nelore, e europeus, como o angus, alavancam os negócios com sêmen.
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A alta tecnologia genética está sendo decisiva e chegou para ficar. “O consumidor está cada vez mais exigente quanto à qualidade da carne o que leva o produtor a buscar touros avaliados em programas de melhoramento genético e que comprovadamente transmitem características econômicas e alto padrão às suas progênies”, afirma Heverardo.
Os programas de melhoramento genético realmente são decisivos na melhora da qualidade do rebanho e da carne. Além disso, dão muito mais segurança acerca dos atributos de determinado touro, afinal, sua performance é comprovada anteriormente.
Heverardo diz ainda que o acesso a informações tem permitido o acerto na escolha de touros. “Eventuais erros hoje são bem mais difíceis de ocorrer, o que faz o pecuarista ir atrás do material genético de excelentes reprodutores.”
China
Heverardo Carvalho afirma que o apetite de compras da parte da China entra também no cenário de estímulo à pecuária de corte e incrementa a venda de genética. “Eu acredito que o país asiático vai aumentar a aquisição de carne bovina neste ano e no futuro próximo, assolado que foi pela febre suína.”
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Um fator historicamente cíclico e que colaborou para a alavancagem do comércio de sêmen no primeiro semestre foi o grande abate de fêmeas no ano passado. Faltou bezerros agora e a inseminação foi requisitada intensamente.
Giraffas chega a Santa Maria
O restaurante Giraffas tem hoje 410 lojas espalhadas pelo Brasil e exterior. A rede, que começou em Brasília, em 1981, oferece pratos prontos, hambúrgueres e vários tipos de refeições e lanches, para adultos e crianças, com carne do Rio Grande do Sul.
E agora, o Giraffas acaba de chegar a Santa Maria, no Estado sulino, cidade onde está localizado o Frigorífico Silva. Desde janeiro de 2018, esse frigorífico é o maior fornecedor de carne para o Giraffas. É a Best Beff, um produto premium, muito macio, e servido em todos os restaurantes Giraffas.
Source: Rural