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“Tem muito mais fumaça que fogo.” A declaração é de Gedeão Pereira Silveira, presidente da Farsul (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul), a mais antiga do país, com 92 anos, se referindo à repercussão internacional das queimadas na Amazônia. Segundo ele, representantes de federações do país estiveram reunidos na semana passada na CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), em Brasília, discutindo a questão.

Gedeão diz que houve uma preocupação com o vacilo da diplomacia brasileira e com as declarações iniciais do presidente Jair Bolsonaro, mas o setor mantém total apoio aos ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Tereza Cristina (Agricultura) e ao presidente Jair Bolsonaro, que é esperado na cerimônia oficial de abertura da 42ª Expointer, em Esteio, na próxima quinta-feira.

“A questão de fundo nas queimadas da Amazônia, que sempre existiram nesta época e não estão em nível superior à média dos últimos anos, é uma disputa comercial, já que a França e outros países europeus se sentem mais ameaçados pela força da agropecuária brasileira depois do fechamento do acordo Mercosul-União Europeia.”

Segundo o dirigente, o que realmente importa para o agronegócio brasileiro são as exportações para a Ásia, destino da maioria dos produtos brasileiros. “O berro veio da Europa, especialmente da França. E olha que o acordo favorece as indústrias europeias. Os asiáticos não falaram nada sobre o assunto.”

Na semana passada, dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteção Animal) apontaram que houve um aumento de 19,6% nas exportações de carne suína e de 5,8% na de frangos nos primeiros sete meses deste ano na comparação com 2018. A China é o principal comprador: recebe 28,2% das exportações brasileiras de carne suína e 13% dos frangos.
Source: Rural

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