Skip to main content

Independentemente do segmento a que irá se dedicar, o produtor de rosas precisa saber que o desenvolvimento da flor tem relação direta com as condições climáticas do local do plantio (Foto: Gettyimages)

 

É difícil encontrar alguém que não goste de flores, principalmente de rosa, a mais popular entre as diversas espécies existentes. Por isso, o floricultor que quer garantir lucro na atividade sabe que pode apostar na produção de roseiras.

Com pétalas simples ou dobradas de cores e texturas variadas, formatos diferentes e perfume suave, a rosa é procurada para muitas ocasiões, desde celebrações de aniversários, casamentos e outras datas especiais até para decorar eventos, como festas, jantares, bailes, palestras e seminários, ou simplesmente para enfeitar residências e estabelecimentos comerciais, incluindo escritórios de uma sala a acomodações de hotéis que ocupam um prédio.

+ Como plantar verbena

Cobiçada pela exuberância da palheta de tons e nuances que possui, conquistada por muitos anos de melhoramento genético, a rosa tem venda certa, assegurando a rentabilidade de toda a cadeia produtiva da flor, inclusive para o agricultor. Basta escolher se o destino do cultivo da planta será para jardim, que tem custo mais baixo e tempo de colheita mais veloz; para corte, que exige mais recursos para investir em estufas; ou para as duas finalidades.

Com florescimento o ano inteiro, a roseira, que pertence à família das Rosáceas, pode ser plantada na maior parte do país (Foto: Gettyimages)

 

Mas, independentemente do segmento a que irá se dedicar, o produtor de rosas precisa também estar ciente de que o bom desenvolvimento da flor tem relação direta com as condições climáticas do local do plantio, apesar do surgimento de roseiras híbridas mais resistentes nos últimos anos. Variedades de rosa crescem bem onde as temperaturas se mantêm entre a mínima de 14 ºC e a máxima de 28 ºC, com umidade relativa do ar em cerca de 70%.

Além disso, a flor é bastante suscetível a doenças fúngicas, como míldio, oídio, botrytis e pinta preta, e pragas, das quais se destacam tripés, ácaros, lagartas, besouros e formigas. Assim, são exigidas pulverizações de defensivos orientadas por profissionais e muitos cuidados para o cultivo de rosa de qualidade, trabalho que é compensado, no entanto, com a rápida comercialização da planta no mercado.

+ Como plantar butiá

Com florescimento o ano inteiro, a roseira, que pertence à família das Rosáceas, pode ser plantada na maior parte do país. A produção, contudo, está concentrada na região sul de Minas Gerais, na cidade paulista de Atibaia e no Estado do Ceará, sendo a localização de plantios menores espalhada pelo território nacional. Na história do mundo, o cultivo de rosas ocorre desde a Antiguidade, com origem em terras orientais.

Consultoria: Adriano van Rooyen, produtor de rosas na região de Holambra (SP), tel. (19) 3902-2943, a.rooyen@dglnet.com.br
Onde comprar: em empresas melhoristas, produtores já estabelecidos no mercado e atacadistas de flores
Mais informações: institutos de pesquisas de flores, associações de produtores e cooperativas de floricultores

+ Como plantar grumixama

Raio X

Solo: bem adubado e rico em matéria orgânica
Clima: de preferência temperado, com predominância da faixa entre 14 ºC e 28 ºC
Área mínima: pode ser plantada tanto em pequenos canteiros quanto em vasos
Colheita: de rosas de corte ocorre de 6 a 8 meses após o plantio, enquanto a de rosas de jardim, de 3 a 4 meses
Custo: cerca de R$ 1 é o preço que a muda, que, no caso da rosa de corte, soma-se US$ 1 para pagar o material genético e a licença de plantio da empresa melhorista

+ Como plantar alcachofra

Mãos à obra

Início: Facilite a formação do roseiral escolhendo as variedades arbustiva, cerca-viva, híbrida-de-chá, minirrosa, sempre-florida, trepadeira, biscuit e rasteira que mais se adequam ao local do plantio e à demanda da região. Entre as de corte, existem diversas opções de híbridos disponíveis no mercado, sendo a maioria pertencente a empresas melhoristas (breeders), para as quais é preciso solicitar autorização e pagar royalties para obter o material genético, que levou anos para ser desenvolvido. Em geral, US$ 1 é o custo do que servirá de enxerto para desenvolver plantas com capacidade para produzir rosas por sete a dez anos, até a primeira substituição do canteiro. Para roseiras de jardim, a oferta é de materiais mais antigos e que são de livre domínio.

Ambiente: Arejado e com sol é do que a rosa gosta para crescer bem. O cultivo da flor para jardim é realizado ao ar livre no campo e, para corte, necessita-se de estufas de madeira ou de metal, de acordo com a escolha do produtor. Estruturas com altura de 3 a 4 metros oferecem boa ventilação e, se contarem com plástico ou sombrite nas laterais, evitam ventos fortes e entrada de insetos.

Plantio: Deve ser rico em matéria orgânica, com pH em torno de 5,5 e solo úmido, mas não pode ser encharcado, pois as roseiras não aceitam muita água. Na adubação, use o sistema de fertirrigação para incorporar nutrientes ao solo. Logo que surgirem as primeiras folhas, momento em que a planta está mais vulnerável ao aparecimento de doenças, aplique fungicidas nos canteiros de cultivo.

Espaçamento: Mais usado em plantio de rosas de corte é de 20 centímetros entre mudas e de 1,80 metro entre fileiras. Em canteiros de rosas de jardim, adota-se a densidade de duas a três plantas por metro quadrado.

Produção: De rosas de corte está pronta para ser colhida após seis a oito meses do início do plantio. Em mudas novas, certifique-se de que as hastes sejam cortadas bem curtas, diferente do corte de até dois terços do comprimento do galho em plantas já formadas. Mais rápido, o tempo para a colheita de rosas de jardim é de três a quatro meses a partir do começo do plantio.

Irrigação: Pode ser por gotejo diariamente ou por aspersão de duas a três vezes por semana, dependendo da época do ano com períodos mais secos. Se possível, dê preferência para utilizar os dois sistemas juntos.

Cuidados: São necessários para o controle de doenças e pragas. Use preventivamente nos plantios fungicidas e herbicidas, que são defensivos eficientes, mas devem ser aplicados com a orientação de engenheiros agrônomos. São recomendadas as podas de limpeza, com remoção de galhos secos, doentes e quebrados e de brotos que surgem abaixo da enxertia; e para estimular a floração (cada variedade demanda técnicas específicas). Enquanto nas trepadeiras corta-se a ponta até um terço do tamanho da haste, nas arbustivas indica-se deixar de quatro a cinco gemas por haste, por exemplo.

(Publicado originalmente na edição 405 da Revista Globo Rural, em julho de 2019)

Curte o conteúdo de Globo Rural? Agora você pode ler o conteúdo das edições e matérias exclusivas no Globo Mais, o app com conteúdo para todos os momentos do seu dia. Baixe agora!
Source: Rural

Leave a Reply