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Mais de 820 milhões (10,8% da população mundial) ainda passam fome, número que cresce desde 2015 (Foto: Getty Images)

 

O mundo produz hoje uma quantidade de alimento suficiente para alimentar as mais de 7,7 bilhões de pessoas. Apesar disso, mais de 820 milhões (10,8% da população mundial) ainda passam fome, número que cresce desde 2015, constatando o aumento da insegurança alimentar pelo terceiro ano consecutivo.

Segundo o relatório anual “O estado da segurança alimentar no mundo”, produzido pelas agencias das Nações Unidas (FAO, OMS, PAM e Unicef) e publicado nesta segunda-feira (15/7), os números comprometem o objetivo fixado pela comunidade internacional – dentre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – de zerar a fome no mundo até 2030. O número de pessoas subnutridas atualmente é quase o mesmo registrado há dez anos atrás.

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A subnutrição é calculada com base na relação entre calorias e gasto energético. Neste novo relatório, a Organização Mundial para a Agricultura (FAO, sigla em inglês) utilizou um novo indicador, que mede a insegurança alimentar, fazendo referência ao acesso regular a uma alimentação saudável, equilibrada e nutritiva.

América Latina

Na América Latina e Caribe, o aumento no número de pessoas que passa fome acompanha o nível mundial: são 42,5 milhões de pessoas subnutridas – subindo de 6,2% da população em 2015 para 6,5% em 2017, mantendo este mesmo nível em 2018. Na América do Sul, onde prevalece a maioria das pessoas subnutridas da região, a subalimentação subiu para 5,5% da população, contra 4,6% em 2013.

A desaceleração das economias da região, entre 2012 e 2016, está em parte relacionada à queda nos preços internacionais das matérias-primas que os países exportam, impactando negativamente em suas receitas e arrecadação de impostos.

De acordo com o relatório, o número de pobres passou de 166 milhões para 175 milhões entre 2013 e 2015 na região, houve aumento do desemprego e redução na receita das famílias.

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Dentre os 77 países que sofreram com o aumento da desnutrição no mundo entre 2011 e 2017, 65 deles registraram uma desaceleração de suas economias simultaneamente. Cinquenta e dois destes dependiam altamente do comércio de produtos básicos.

Na contramão da fome, o relatório também apontou que a obesidade cresceu de 21,7% da população adulta da América Latina e Caribe em 2012, para 24,1% em 2016.

A conclusão do relatório da ONU será um dos principais desafios do novo diretor à frente da agência, que ressaltou, dentre os seus compromissos durante as eleições, de lutar contra a fome no mundo.

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Source: Rural

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