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Em relação a igual mês de 2018, o Índice registrou queda de 0,46% (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

 

O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alcançou média de 173 pontos em junho de 2019, avanço de 0,6 ponto (0,3%) em relação a maio, após cinco altas consecutivas. Em relação a igual mês de 2018, o Índice registrou queda de 0,46%.

Conforme comunicado da FAO, divulgado nesta quinta-feira, 4, o indicador foi pressionado por preços mais baixos de laticínios e óleos vegetais que mais que compensaram os aumentos nos preços de cereais, carnes e açúcar. O subíndice de preços dos Cereais registrou média de 173,2 pontos em junho, um aumento de quase 11 pontos (6,7%) em relação ao mês anterior e cerca de 3,8% superior ao reportado em igual mês do ano passado.

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"O aumento mais recente do índice foi impulsionado por um forte incremento nas cotações de milho. Os preços do cereal subiram pelo terceiro mês consecutivo, principalmente, devido às expectativas de aperto na oferta de exportação nos Estados Unidos – o maior produtor e exportador mundial de milho.", apontou a FAO.

De acordo com a organização, os preços internacionais do trigo se recuperaram, após dois meses consecutivos de declínios, em parte devido a incertezas de produção. O aumento nas cotações do milho também contribuiu para a valorização do trigo, segundo a FAO. Em compensação, o índice de preços do arroz da FAO manteve-se estável pelo quarto mês consecutivo, já que o fraco interesse de compra do arroz Indica e do arroz Japonica compensou o apoio proporcionado por uma nova valorização do Baht tailandês e pela forte demanda por arroz Basmati.

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O levantamento mensal da FAO também apontou que o Índice de Preços do Óleo Vegetal registrou média de 125,5 pontos em junho, queda de 2 pontos (1,6%) em comparação com maio. É o menor nível desde dezembro de 2018, "refletindo, principalmente, o enfraquecimento dos preços do óleo de palma e do óleo de soja, enquanto o óleo de girassol e óleo de canola aumentaram marginalmente.", apontou a entidade.

De acordo com a FAO, os preços internacionais do óleo de palma esticaram a queda, pressionados pela fraca demanda global de importação e pelas perspectivas de aumento sazonal da produção nos principais países exportadores. A organização indicou também que os preços do óleo de soja recuaram em virtude das expectativas de ampla oferta global.

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Em compensação, as cotações dos óleos de girassol e de canola aumentaram, respectivamente, em função da demanda robusta de importação e pelas preocupações com as condições desfavoráveis das safras nos principais países produtores.Na sondagem mensal da FAO, o Índice de Preços da Carne apresentou média de 176 pontos em junho, o que indica avanço de 2,6 pontos (1,5%) em relação a maio, "continuando com os moderados aumentos de preços registrados nos últimos cinco meses".

O documento da organização mostrou, ainda, que "as cotações internacionais de carne suína, de aves e de ovelha continuaram subindo devido à forte demanda de importação da Ásia, em virtude do declínio de suprimento de proteína animal da região com o avanço da peste suína africana (ASF, na sigla em inglês)". Embora a demanda global de importação de carne bovina também tenha sido robusta, as cotações de preço permaneceram estáveis devido ao aumento das disponibilidades de exportação da Oceania, segundo a FAO.

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Já o Índice de Preços de Laticínios registrou média de 199,2 pontos em junho, queda de 26,9 pontos (11,9%) em relação ao registrado em maio, marcando a primeira queda mensal em cinco meses, mas ainda 9,4% em relação ao início do ano. Segundo a FAO, em junho, as cotações das quatro categorias de produtos lácteos que constituem o subíndice caíram, com quedas mais acentuadas registradas nos preços do queijo e da manteiga.

"O enfraquecimento mensal dos preços de lácteos foi puxado pelo aumento da disponibilidade de exportação e pela fraca demanda de importação", justificou a entidade. A organização calculou, ainda, que o subíndice de preços do açúcar ficou, em média, em 183,3 pontos em junho, aumento de 7,4 pontos (4,2%) em relação a maio.

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Conforme a FAO, os preços do adoçante foram influenciados, em grande parte, pelo fortalecimento do real em relação ao dólar norte-americano. "Um real mais forte sustenta os preços do açúcar influenciando a oferta de açúcar brasileiro no mercado mundial, já que os produtores preferem processar a cana-de-açúcar em etanol para venda local em vez de exportar açúcar e receber um preço menor", informa o relatório. Ainda, segundo a FAO, os relatórios que mostram declínio nas exportações da União Europeia (UE) também forneceram suporte aos preços mundiais do adoçante.

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Source: Rural

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