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Reunião do Mercosul e União Europeia em Bruxelas (Foto: MAPA/Divulgação)

 

Em mais um dia de sol em Bruxelas, na Bélgica, ministros do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai se reúnem a portas fechadas com seus pares da União Europeia em negociações na sede da Comissão Europeia. O clima é de otimismo. Eles discutem detalhes de cláusulas do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia.

Na quinta-feira (27/6), as reuniões duraram 12 horas. Nesta sexta-feira (28/6), a agenda começou cedo. O foco das discussões têm sido as cotas para exportação de frango (com e sem osso) e outras subcategorias de produtos que deixarão de ser tarifados. A expectativa é que o acordo possa ser assinado ainda nesta sexta-feira.

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A ministra Tereza Cristina, da agricultura, permanece na sala de negociações, ao lado de seus assessores – ela deve voltar neste sábado (29/6) para o Brasil. O chanceler Ernesto Araújo, com passagem marcada para esta sexta à noite (28/6), também participa das reuniões. Do lado de fora das salas, representantes do governo e de entidades setoriais dos países europeus e do Mercosul aguardam um desfecho das discussões, que tiveram início há vinte anos. Para representantes de ambos os continentes, é um momento histórico.

Uma maior vontade política da Argentina e do Brasil estaria contando pontos para o resultado favorável. Em outubro deste ano, os argentinos escolhem um novo presidente. Mauricio Macri, que está em baixa nas pesquisas eleitorais, poderá capitalizar a assinatura do acordo a seu favor.

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O Brasil busca ampliar o acesso ao mercado europeu, principalmente em produtos do agronegócio, e tem se mostrado mais aberto a negociar cotas de exportação. Ao mesmo tempo, países europeus, como a Alemanha, Espanha, Portugal e Holanda, veem no acordo uma oportunidade de ampliar o comércio internacional e aquecer suas economias.

As exportações da União Europeia para os países do Mercosul totalizaram 45 bilhões de euros em 2018. No caminho inverso, Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai venderam 42,6 bilhões de euros em mercadorias para os europeus. Alimentos (entre eles carnes e soja), bebidas e tabaco responderam por mais de 40% das vendas.

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Source: Rural

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