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Estande da Oro Agri na Simal, em Londrina (PR). Empresa aposta na ampliação do portfólio (Foto: Raphael Salomão/Ed. Globo)

 

A Oro Agri aposta na ampliação do portfólio e espera um faturamento de cerca de R$ 100 milhões com a operação brasileira neste ano. Em 2018, os negócios no país contabilizaram R$ 70 milhões. É a unidade da empresa que mais cresce no mundo – 45% ao ano – e responde por 35% da receita total anual.

“O Brasil é um mercado estratégico. Está entre os maiores faturamentos e é o único onde atendemos agricultura e pecuária”, explica gerente de produtos, Jefferson Philippsen.

A empresa iniciou suas atividades em 2002, a partir de uma patente de uso de óleo da casca de laranja na agropecuária, ingrediente base de seus produtos. As atividades no Brasil começaram em 2008. A produção é baseada em uma fábrica localizada em Arapongas (PR).

Em outros países, a maior atuação está na fruticultura. Aqui, está mais na soja, milho, algodão e pastagens. A planta brasileira atende o mercado interno e fornece para outros países da América do Sul, como Chile, e mercados como os Estados Unidos.

No ano passado, a Oro Agri foi adquirida pela divisão agrícola do Grupo Omnia, também da África do Sul, por US$ 100 milhões. Na época, os executivos disseram que o investimento fazia parte da estratégia de ampliar negócios internacionais, tendo em vista uma demanda cada vez maior por produtos considerados ambientalmente corretos.

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No início deste mês, durante o Simpósio América Latina de Plantas Daninhas de Difícil Controle (Simal), em Londrina (PR), a Oro Agri anunciou o lançamento de um surfactante a ser usado com herbicidas no combate a plantas daninhas consideradas de difícil controle. O produto, chamado de Detonator, levou quatro anos para ser desenvolvido, com a promessa de aumentar a eficiência na aplicação do defensivo.

“É uma ferramenta a mais para o produtor, para o manejo das plantas de difícil controle. Nosso foco é a inovação: soluções novas para problemas recorrentes”, diz o gerente de projetos especiais Evandro Back, ressaltando que a tecnologia foi desenvolvida no Brasil.

A ideia é possibilitar o transporte mais rápido do herbicida ao ponto de ação, aumentando a eficácia do controle. A consequência, segundo Back, é reduzir a possibilidade de rebrota, diminuindo a seleção que preserva as variedades de daninha mais resistentes.

A estratégia comercial inclui o Brasil e outros países. “Estamos com uma boa expectativa com esse lançamento e já enviamos amostras para Austrália, Estados Unidos, que são mercados que estão no radar também, já pensando nesse manejo de plantas de difícil controle”, diz Back.

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Também no início deste mês, a Oro Agri realizou o pré-lançamento de um defensivo para a citricultura. Batizado de Sapiens, foi produzido a partir da combinação de extratos naturais e deve começar a ser vendido no primeiro trimestre de 2020, de acordo com o gerente geral da Oro Agri Brasil, Luís Carlos Cavalcante.

Ainda de acordo com os executivos, a empresa planeja lançar neste ano um antideriva, adjuvante que visa evitar que o pesticida espalhe para fora da área de cultivo onde é aplicado. E deve ser trazido para o Brasil um produto com ação inseticida, fungicida e acaricida já comercializado nos Estados Unidos e na Europa. Inicialmente, será direcionado ao segmento de hortifruti, com planos de expansão para outras culturas.

*O repórter viajou a convite da Oro Agri

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Source: Rural

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