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O superintendente da Frísia, Emerson Moura, durante fórum do Ministério da Agricultura em Carambeí (PR) (Foto: Mapa/Divulgação)

 

A Cooperativa Frísia garante ter solidez financeira para seguir com investimentos e bancar as necessidades dos cooperados, independentemente do Plano Safra 2019/2020. “Não dependemos totalmente do Plano Safra. A sustentabilidade do nosso negócio possibilita que tenhamos condições financeiras para suportar as necessidades que os cooperados têm”, afirmou Emerson Moura, superintendente da Frísia em entrevista à Globo Rural

Sem revelar valores, ele também garante que estão mantidos para este ano os investimentos em melhorias para aumentar a eficiência da cooperativa. Em 2018, o faturamento da Frísia atingiu R$ 2,7 bilhões, que representa crescimento de 10% em relação ao ano anterior. Com 837 cooperados e uma área de produção que chega a 140 mil hectares, a agroindústria é o foco para os investimentos mais robustos da cooperativa. “Ainda não temos os números, porque esses investimentos maiores dependem da disponibilidade de recursos”, considera.

Todas as transações dos cooperados são intermediadas pela cooperativa, da compra de insumos à comercialização"

 

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Moura acredita que o modelo de negócio adotado pela Frísia é a receita para a sustentabilidade. Os cooperados são 100% fidelizados, ou seja, todas as transações da propriedade são intermediadas pela cooperativa, da compra de insumos à comercialização da produção. “Isso faz com que a receita dos cooperados passe pela cooperativa, o que a torna muito mais sólida financeiramente”, avalia. Os resultados positivos e o crescimento no faturamento levam benefício financeiro diretamente ao bolso dos cooperados.

A solidez gera facilidades: “Temos saúde financeira, o que possibilita o acesso a recursos para investimentos sem a necessidade de grandes exigências de garantia para a liberação do crédito”, explica Moura.

Juros menores

Outro ponto positivo apontado pela cooperativa é a possibilidade de obter financiamento com taxas de juros menores. De acordo com o superintendente da Frísia, é possível negociar a liberação de crédito em melhores condições quando as cooperativas se juntam e comprovam sua eficiência. “As instituições financeiras avaliam o quanto as cooperativas estão com ‘fome’ de investimento. Elas preferem focar em uma, duas ou três cooperativas que têm a garantia da aplicação dos recursos e do retorno”, revela. Para ele, cooperativas do setor da agroindústria, justamente por se aproximarem desse perfil, recebem um olhar diferenciado.

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Sem expectativas de linhas de crédito específicas para cooperativas, Moura acredita que há demanda no setor por linhas de crédito privado, inclusive com aumento de concorrência. “Quando existe concorrência na disponibilidade de crédito e de recursos, é possível baixar a taxa de juros. É interessante que, no futuro, se possa diminuir a dependência do governo, mas, com aumento da competitividade entre as instituições financeiras”, avalia.

* A jornalista viajou a convite da Frísia

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Source: Rural

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