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A cientista Joanne Chory (Foto: Salk Institute)

 

Inúmeras soluções já foram descobertas pelo mundo sobre como reduzir os efeitos das mudanças climáticas pelas quais o planeta passa. Mas talvez nenhuma delas tenha sido, ao mesmo tempo, tão óbvia e desafiadora. A missão de solucionar essa problemática planetária foi assumida por uma mulher, aos seus sessenta anos de idade, que diz ter a chave para frear as mudanças climáticas.

A norte-americana Joanne Chory, talvez a principal botânica do mundo, com vasta experiência em pesquisa do clima, lidera um projeto que poderia reduzir a temperatura da Terra: projetar plantas capazes de armazenar ainda mais dióxido de carbono em suas raízes.

Intitulado Usina Ideal, o seu projeto usa edição genética – via horticultura tradicional e Crispr – para fazer aquilo que, em grande escala, poderia sugar carbono suficiente da atmosfera para retardar a mudança climática. Seria como potencializar o processo que as plantas já fazem naturalmente. Utilizando plantas como milho, feijão e algodão com um novo composto genético para absorverem ainda mais carbono, transferindo-o da atmosfera para o solo através de suas raízes.

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"Estamos tentando fazer algo que é uma coisa enorme e complicada, mesmo que pareça tão simples", diz a pesquisadora. “As plantas evoluíram para absorver o CO2e são realmente boas nisso. E eles se concentram, o que nenhuma máquina pode fazer, e eles se transformam em materiais úteis, como o açúcar. Eles sugam todo o CO2, consertam e voltam para a atmosfera” .

Segundo a cientista, essas novas plantas terão sistemas radiculares mais profundos e mais fortes, que também deterão a erosão, outro subproduto do aquecimento das temperaturas, o que tornará o solo mais saudável e aumentará a produção.

Normalmente, quando morrem, as plantas liberam grandes quantidades de CO2 de volta ao ar; quando as plantas ideais morrem, significativamente menos CO2 será relançado devido ao maior armazenamento de carbono em raízes mais profundas e solo por períodos mais longos.

A pesquisa já recebeu mais de US$ 40 milhões em doações privadas e está sendo conduzida pela pesquisadora no Instituto para Estudos Biológicos de Salk, fundado pelo biologista Jonas Salk, descobridor da cura da poliomielite (1955).

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Source: Rural

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