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A indústria brasileira de fertilizantes especiais deve crescer em torno de 21% neste ano em comparação com 2018. A expectativa é da Associação Brasileira de Tecnologia de Nutrição Vegetal (Abisolo), representante do segmento que congrega fabricantes de produtos como adubos orgânicos e organominerais, condicionadores de solo, fertilizantes foliares, substratos para plantas.

“Há um maior índice de adoção das tecnologias na agricultura. O produtor quer explorar ao máximo o potencial da planta e isso só se dá com a nutrição. E há mais informação circulando sobre o setor”, explica o presidente da Abisolo, Clorialdo Roberto Levrero, que conversou com Globo Rural durante o Fórum e Exposição Abisolo, nesta quinta-feira (11/4), em Campinas (SP).

A entidade reúne mais de 100 das 504 empresas que atuam no setor de fertilizantes especiais. As associadas da Abisolo representam, no geral, 40% do mercado nacional. No segmento de foliares, essa representatividade chega a 70%. As principais culturas atendidas pelo são soja, hortifruti, milho e café.

É uma indústria que já vem de um ano com forte crescimento. Em 2018, o faturamento totalizou R$ 7,6 bilhões, 19,3% a mais que em 2017. Os fertilizantes foliares representaram 71% da receita total. Mas a maior expansão de um ano para o outro, de 23%, aconteceu no segmento de organominerais, que acabou representando 12% da receita total.

Esse tipo de tecnologia alia os nutrientes minerais e compostos orgânicos. A ideia de usar a matéria orgânica é potencializar a eficiência dos minerais, melhorar o aproveitamento desses nutrientes pelo solo e, por consequência, o rendimento da planta na lavoura.

“Organomineral é uma tecnologia que está se consolidando e a tendência é a de continuar crescendo mais que os outros”, diz Levrero. Em 2019, só este segmento deve crescer de 20% a 22%. Nos demais, a expectativa da Abisolo é de expansão em torno de 15%.

Desde 2009 crescendo em torno de 15% ao ano, a Microquímica acompanha o otimismo da Associação, afirma o gerente de marketing, Anderson Nora Ribeiro. Para 2019, a previsão inicial é de faturar 18% a mais. “Nossa estimativa é um pouco mais conservadora, mas ainda assim bastante significativa”, pontua o executivo. Em 2018, as vendas foram 22% maiores na comparação com 2017.

A empresa foi fundada em 1976 e vende fertilizantes foliares, adjuvantes e inoculantes. Recentemente, conseguiu o primeiro registro de um produto como biofertilizante. E em janeiro, depois de um ano e meio de negociações, foi adquirida pela Tradecorp, subsidiária do grupo europeu Sapec Agro Business, que espera consolidar seu crescimento no mercado latino-americano.

O negócio permitirá à Tradecorp fabricar seu portfólio também no Brasil, explica Ribeiro, já que a Microquímica tem duas unidades em Campinas (SP). Sozinha e com catálogo importado, a empresa europeia atuava, principalmente, em regiões como o Espírito Santo e Sul da Bahia. Agora, deve ter espaço também no Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e oeste baiano, explica o executivo de marketing.

“Nossas previsões de resultado devem mudar com a integração, mas não vemos a possibilidade de crescermos menos do que 18%”, diz Ribeiro.
Source: Rural

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