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Tereza Cristina, Ministra da Agricultura (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

 

Após descontentamos de ruralistas em relação à diplomacia do governo de Jair Bolsonaro, os ministros da Economia e da Agricultura, Paulo Guedes e Tereza Cristina, participam na próxima terça-feira do almoço da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em Brasília. O encontro não estaria relacionado com o descontentamento, mas sim com o apoio da bancada ao chefe da equipe econômica e à reforma da Previdência.

A participação do ministro foi confirmada nesta quarta-feira e costurada em um encontro entre o presidente da FPA, o deputado Alceu Moreira (MDB-RS), e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Na terça, Moreira reclamou com os líderes do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), e no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), sobre o tuíte feito pelo senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Na rede social, o filho mais velho do presidente escreveu "Quero que vocês se explodam", em resposta a uma nota de repúdio do grupo islâmico Hamas, classificado como terrorista por EUA e Israel, à abertura de um escritório de negócios pelo governo brasileiro em Jerusalém.

Ruralistas temem que os acenos de Bolsonaro a Israel prejudiquem as relações comerciais do Brasil com os países árabes, que são alguns dos principais importadores da produção de proteína animal brasileira.

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Ataques por parte do governo à China também já trouxeram preocupação ao setor. Os asiáticos são os principais compradores de soja, o principal produto exportado pelo setor agropecuário do Brasil.

No início do mês, entidades do setor agropecuário externaram, em carta obtida pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, preocupação quanto a declarações sobre a China do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

A carta foi enviada pelas entidades que integram o Instituto Pensar Agro como sugestão para a presidência da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Mas o presidente, Alceu Moreira, decidiu não entregar a manifestação, depois de encontros com o governo e, principalmente, após Tereza Cristina anunciar uma missão para a China.

Em aula magna para os alunos do Instituto Rio Branco, no início de março, o chanceler falou, entre outros tópicos, sobre a relação diplomática com a China. "Queremos vender, por exemplo, soja e minério de ferro, mas nós não vamos vender a nossa alma. Isso é um princípio muito claro que nós temos muito presente", disse.

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Source: Rural

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