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Atingido pelos rejeitos da barragem, rio Paraopeba deságua no São Francisco (Foto: Reprodução/G1)

 

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais informou que deve haver pelo menos 200 desaparecidos por conta do rompimento de uma barragem da mineradora Vale, no município de Brumadinho (MG). Outras quatro pessoas estão desaparecidas.

De acordo com o mineradora Vale, o rompimento ocorreu na Barragem 1 da Mina Feijão, em Brumadinho Os rejeitos atingiram a área administrativa da empresa e parte da comunidade de Vila Ferteco, na zona rural do município.

A Agência Nacional de Águas (ANA) informou que está monitorando os desdobramentos da tragédia ambiental ocorrida em Brumadinho (MG) e coordenando ações para garantir o abastecimento de água na região. Em nota, comunicou que está em contato com autoridades federais e estaduais sobre a situação no local do rompimento de uma barragem da mineradora Vale.

“A ANA está monitorando a onda de rejeito e coordenando ações para manutenção do abastecimento de água e sua qualidade para as cidades que captam água ao longo do rio Paraopeba”, diz a nota.

Ainda conforme a agência, o local do rompimento fica a 220 quilômetros da barragem da Usina Hidrelétrica Retiro Baixo. Segundo a instituição, essa barragem poderá ajudar a conter a onde de rejeitos que se espalhou com o acidente.

O Rio Paraopeba, atingido pela onde de lama, desemboca do Rio São Francisco. Também em nota, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) descartou prejuízos ao abastecimento de água na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

“A Companhia informa que está monitorando a situação e acompanhando no local. Caso seja necessário, o abastecimento da região atendida pelo sistema Paraopeba, passará a ser realizado pelas represas do Rio Manso, Serra Azul, Várzea das Flores e pela captação a fio d’água do Rio das Velhas”, diz a nota.

O presidente Jair Bolsonaro pretende ir nesta sábado (26/1), por volta das 8h, a Brumadinho (MG). Da parte do governo federal, foi formado um gabinete de crise no Palácio do Planalto e no Ministério do Meio Ambiente. A equipe será composta também pelos Ministérios de Minas e Energia, Desenvolvimento Regional e Defesa.

Pela sua conta no Twitter, Bolsonaro informou que três ministros deixaram Brasília a caminho do local da tragédia: Ricardo Salles, do Meio Ambiente; Bento Albuquerque, de Minas e Energia; e Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto.

“Nossa maior preocupação neste momento é atender eventuais vítimas desta grave tragédia”, disse o presidente, pela rede social.

É o segundo incidente envolvendo uma barragem da mineradora nos últimos anos. Em 2015, em Mariana (MG), houve o rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, empresa que tem como sócias a Vale e a BHP, atingindo a comunidade de Bento Rodrigues, matando 19 pessoas e contaminando o Rio Doce.
Source: Rural

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