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Aves como peru e frango são as mais tradicionais na ceia natalina (Foto: Pexels/Creative Commons)

 

Companhia perfeita para diversos pratos, a carne não pode faltar na ceia de Natal. Vai bem com arroz, batatas e farofa. Mas, antes de ir ao mercado escolher qual comprar, é importante entender as diferenças entre os cortes disponíveis, as dicas de preparo e de combinações.
Por isso, a Globo Rural conversou com Daniel Martins, professor da Accademia Gastronômica, para te ajudar a elaborar uma ceia de Natal perfeita. Confira:

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Tradicionais
O primeiro passo é conhecer as diferenças entre as carnes. O peru, a proteína mais procurada neste período, é uma ave de porte maior, nativa da América Central e do Norte. “Com desenvolvimento de carne no peito e maior concentração de gordura nas asas e sobrecoxas”, explica Martins.

O frango é um animal mais comum, com opções no mercado de raças caipiras e exemplares vindos do exterior. Geralmente pesa de 1,5 kg a 1,8 kg.

O chester é um frango desenvolvido exclusivamente por uma marca. O produto tem baixo teor de gordura e alto teor de proteínas. Além disso, 70% da carne fica concentrada no peito e coxas do animal.

Já o tender é um presunto suíno feito pronto para o consumo. “É um produto de cura e cozimento no vapor com sua venda direcionada para o período natalino”, informa Martins.

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Que tal inovar?
Para o especialista, como o Natal cai no verão brasileiro, é indicado considerar carnes mais leves e magras para o jantar. “Temos o costume de ter uma ceia muito gordurosa, mas acabamos até não aproveitando muito e deixando a festa de lado”, ele comenta. 

Uma sugestão é preparar filé mignon suíno com abacaxi e maçã verde – aliás, Martins classifica que a combinação de frutas e carnes não deve faltar na ceia natalina. Outras partes suínas também têm espaço na mesa. “Devido às altas temperaturas, é indicado cortes mais magros como o lombo. Para os que gostam de um pouco mais de gordura, a copa-lombo é uma excelente opção e fica muito boa quando assada com batatas”, fala.

Outra opção que está em alta é o polvo, proteína magra. “Não é difícil de cozinhar, precisa apenas fazer da maneira correta para que fique suculento”, diz Martins. Ainda no ambiente marinho, ele recomenda o preparo de pescados para o jantar, principalmente da espécie que for típica em sua região. “O indicado é perguntar ao peixeiro qual peixe é o mais fresco e optar por cozimentos leves e que utilizem pouca gordura.”

Tamanho família
Além de considerar a temperatura, pense na quantidade de pessoas que estarão na ceia. No caso de famílias menores, o chester ou frango assado podem ser uma boa escolha, visto que alimentam de 3 a 4 pessoas. “Já para famílias maiores, o peru pode ser uma opção. Se bem destrinchado, alimenta cerca de 5 a 8 pessoas”, afirma Martins.

Independentemente da carne escolhida, no momento da compra, é importante analisar o estado do produto. “Opte por mercadorias que foram armazenadas corretamente e que não apresentem nenhum sinal de rompimento na embalagem”, ele alerta.

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Mão na massa
Em algumas famílias é comum que o preparo dos pratos comece no dia anterior a ceia. Para Martins, isso é ideal nas casas onde irão muitas pessoas, caso contrário, o cardápio o deve ser preparado o mais próximo do jantar.

E claro, fique atento ao passo a passo da receita. Um dos principais erros é a imprecisão no tempo de cozimento da proteína. “É comum relacionarmos a carne de peru ou até mesmo o pernil suíno à carnes ressecadas. Isto não é verdade. Todas as carnes demandam um método e tempo indicado para o seu preparo”, ele ressalta.

Para não errar, um termômetro de carnes pode ser um bom ajudante na cozinha! O professor ainda afirma que, para uma boa suculência e segurança alimentar, o ideal é manter o forno com temperaturas entre 63°C e 80°C internos.

Leve e ao ar livre
Como a leveza é a indicação do especialista para ceia, aposte em saladas e vegetais grelhados como acompanhamento. Batata doce, abobrinha e beterraba são boas pedidas.

Para quem não tem medo de fugir da tradição, Martins faz uma recomendação ousada: substituir a ceia à mesa por um churrasco, grelhando carnes e hortaliças. Até a sobremesa entra na brincadeira: que tal uma receita de melancia grelhada? “Assusta um pouco, mas com manjericão depois de grelhar e um fio de azeite fica uma delícia”, garante Martins. Bela Gil que se cuide!

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Source: Rural

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